Estudo brasileiro identifica pacientes com risco de Covid grave em exame de sangue

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Exame de plasma sanguíneo pode ajudar médicos a identificarem pacientes com elevado potencial de complicações por Covid. Uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade de São Paulo (USP) concluiu que a alteração de taxas de seis substâncias sugere risco de gravidade da doença.

Após realizarem exame de sangue e acompanharem 110 pacientes com a infecção por coronavírus, eles notaram que 10 deles ficaram em estado grave sendo internados em Unidade de Terapia Intensiva e dois deles morreram. Uma análise da concentração dos metabólitos dos tipos glicerol, acetato, 3-aminoisobutirato, formato, glucuronato e lactato foi encontrada em todos os que tiveram a saúde mais comprometida. 

A expectativa dos pesquisadores é facilitar a triagem e reduzir as chances de evolução da doença com a intervenção médica no início dos sintomas. Segundo os estudiosos, a proposta agora é de aplicar a técnica em mais amostras ampliando características das pessoas avaliadas, como vacinados que tiveram Covid, e de segmentar os resultados por idade e gênero.

“Esses fatores juntamente com as mutações do vírus nos ajuda a identificar quem poderia ter uma evolução ruim, mas não em termos de mudança de prognóstico. É muito difícil promover essas alterações químicas, digamos assim. O mesmo ocorre quando avaliamos um paciente com diabetes ou obesidade já que esses são fatores que pioram o prognóstico”, explica o infectologista Marcelo Daher.

O estudo comandado pelo Instituto de Química de São Carlos, da USP, foi publicado na revista científica Journal of Proteome Research, da American Chemical Society, no início deste mês.

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