Estudo de viabilidade para criação de peixes para consumo no Lago de Itaipu: potencial econômico e ambiental promissor

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Estudo no Lago de Itaipu avalia possibilidade de criação de peixes para consumo

Pesquisadores da Usina de Itaipu estão focando seus estudos na avaliação da viabilidade da criação de peixes, como tilápia e dourado, no reservatório, que apresenta um potencial impressionante de até 400 mil toneladas de peixes por ano. Essa pesquisa vem despertando grande interesse devido aos possíveis benefícios econômicos e ambientais que poderiam surgir com a produção dessas espécies de peixes no Lago de Itaipu.

A tilápia, uma espécie de peixe importada, envolve um cuidadoso processo de análise, considerando que não é nativa da bacia do Rio Paraná. Portanto, a produção desse peixe no lago depende de uma decisão conjunta entre Brasil e Paraguai. Até o momento, um acordo vigente proíbe o cultivo de espécies exóticas em águas fronteiriças, ressaltando a importância de estudos detalhados e acordos bilaterais.

Os estudos ambientais com a tilápia vêm sendo conduzidos desde 2017 pela Usina de Itaipu, resultando em conclusões positivas que apontam para a ausência de impactos significativos no ambiente durante o cultivo dessa espécie. Além disso, um acordo de cooperação técnica, firmado entre a Usina de Itaipu e o Ministério da Pesca e Aquicultura, visa impulsionar o desenvolvimento sustentável da pesca na região, promovendo uma abordagem equilibrada e consciente.

Outro peixe sob olhar atento dos pesquisadores é o dourado, espécie que, embora ameaçada de extinção nos rios paranaenses, pode ser criada em cativeiro para consumo. Sendo nativo da bacia do Rio Paraná, a criação do dourado não requer autorização específica dos países envolvidos, facilitando sua introdução nos estudos de produção no Lago de Itaipu.

Com um reservatório de 1.350km², o Lago de Itaipu oferece um potencial expansivo para a produção de peixes de várias espécies, demonstrando a amplitude de possibilidades econômicas e ecológicas desse projeto. Por meio de avançadas técnicas sustentáveis, como o sistema intensivo de bioflocos, os pesquisadores estão trabalhando para maximizar a produção de peixes com o mínimo de impacto ambiental, garantindo uma abordagem inovadora e responsável.

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