EUA acusam vice-presidente da Venezuela de tráfico de drogas internacional

Os Estados Unidos anunciaram a adoção de uma série de sanções financeiras contra o vice-presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, acusado pelo país de ser traficante de drogas internacional. As informações são da Radio France Internationale.

Segundo um comunicado divulgado pelo Tesouro Nacional americano, “as sanções são o resultado de vários anos de investigação que visam importantes traficantes de drogas nos EUA”. De acordo com o texto, as medidas também demonstram que a influência e o poder não protegem aqueles que se envolvem em atividades ilegais”.

De acordo com o Tesouro americano, El Aissami “facilitou a distribuição de drogas na Venezuela, controlando os portos ea decolagem de aviões de uma base aérea do país.” O vice-presidente também recebeu propina para facilitar a entrega de carregamento de drogas do cartel liderado pelo venezuelano Walid Makled Garcia, afirmam os membros do órgão americano.

El Aissami também está vinculado ao envio de drogas ao cartel de Los Zetas, um dos mais perigosos do México. O vice-presidente, 42 anos, chavista convicto, é um dos dirigentes mais influentes do Partido Socialista Unificado da Venezuela, que está no poder desde 1999. Ele foi nomeado à vice-presidência do país em janeiro.

Até agora, El Aissami era visto como o provável sucessor do presidente Nicolás Maduro. Ele foi governador do estado de Aragua, considerado como um dos mais violentos do país, e acusado de ter facilitado a entrega de passaportes venezuelanos a supostos terroristas.

Cartéis

Tareck El Assami também foi ministro da Justiça durante quatro anos, a partir de 2008, durante a presidência de Hugo Chávez. Na época, ficou conhecido pela luta contra os cartéis venezuelanos.

Além dele, outro venezuelano está envolvido no caso: o empresário Lopez Bello, acusado de lavar o dinheiro do tráfico de El Aissami. Treze empresas de Bello, baseadas nos EUA, Reino Unido e Panamá, foram incluídas numa lista negra. Ele também é alvo das sanções e foi proibido de realizar transações comerciais nos EUA, além de ter suas contas congeladas. As sanções contra o vice-presidente prometem complicar ainda mais as relações entre Washington e Caracas.

Fonte: Agência Brasil

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Procurador da República abre inquérito para investigar ação da PRF

O procurador da República no Rio de Janeiro, Eduardo Santos de Oliveira Benones, coordenador do Controle Externo da Atividade Policial, instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar os motivos que levaram três policiais rodoviários federais a atirarem diversas vezes contra um carro com cinco pessoas da mesma família, na Rodovia Washington Luís (BR-040), na véspera de Natal. Um dos tiros atingiu a jovem Juliana Leite Rangel, 26 anos, na cabeça. O pai de Juliana, Alexandre Rangel, sofreu um ferimento na mão.

Na medida, o procurador determina que a Polícia Federal fique à frente das investigações e que a Polícia Rodoviária Federal forneça a identificação dos agentes envolvidos no caso e a identificação dos autores dos disparos contra o carro da família.

Benones determinou ainda o afastamento imediato das funções de policiamento dos agentes envolvidos, além do recolhimento e acautelamento das armas, de qualquer calibre ou alcance em poder dos agentes rodoviários, independente de terem sido usadas ou não para a realização de perícia técnica. Ele também quer saber se a PRF prestou assistência às vítimas e seus familiares e qual é o tipo de assistência.

O procurador da República Eduardo Benones determinou ainda que a Polícia do MPF faça diligências no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, onde Juliana está internada, para apurar o estado de saúde da vítima, com declaração médica, e a identidade da equipe responsável pelo acompanhamento do tratamento da paciente.

Benones também expediu ofício à Concessionária Rodoviária Juiz de Fora-Rio (Concer) requisitando as imagens da noite do dia 24, entre 20h e 22h.

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