EUA admitem deportação errônea de salvadorenho: pai de família sob custódia judicial em El Salvador luta por justiça.

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Os Estados Unidos admitiram, em um processo judicial recente, que deportaram erroneamente um pai de família de Maryland para El Salvador devido a um “erro administrativo”, e alegaram que não podem trazê-lo de volta porque ele está sob custódia salvadorenha. O caso em questão envolve Kilmar Armando Abrego Garcia, cidadão salvadorenho protegido por um juiz de imigração em 2019, o que impedia sua deportação para o país sul-americano.

Essa situação veio à tona através de um processo relacionado aos voos de deportação para El Salvador, que estão no centro de uma disputa judicial intensa nos Estados Unidos. Segundo relatos da revista The Atlantic, essa é a primeira vez que o governo norte-americano reconhece um equívoco em relação às deportações para El Salvador. A defesa de Abrego Garcia alega que ele fugiu da violência de gangues em El Salvador há mais de uma década, justificando sua permanência nos EUA.

Segundo informações do processo judicial, o ICE (Imigração e Alfândega dos EUA) deportou Abrego Garcia para El Salvador em março, mesmo sabendo de sua proteção contra remoção para o país. Ele foi identificado por sua esposa em uma foto de detentos da prisão CECOT de El Salvador após sua chegada. Antes da deportação, Abrego Garcia foi detido pelo ICE por seu suposto envolvimento com a gangue MS-13, acusação posteriormente negada por seus advogados.

O ICE argumentou que, por erro administrativo, Abrego Garcia foi removido para El Salvador, com base em uma ordem de remoção e suas alegadas conexões com a MS-13. A defesa contesta essa justificativa, afirmando que ele não deveria ter sido incluído no voo de deportação para o país. A administração Trump afirmou que não tem como trazê-lo de volta, pois ele está sob custódia salvadorenha e dissipou preocupações em relação a possíveis maus-tratos ou ameaças à sua vida na prisão.

Os advogados de Abrego Garcia buscam reverter essa decisão, alegando que foi um equívoco grave e que a vida do pai de família está em risco. É mais um capítulo nos crescentes problemas relacionados às políticas de imigração adotadas pelos EUA, que têm levado a situações lamentáveis como essa. Resta agora aguardar os desdobramentos deste caso e torcer para que a justiça seja feita, garantindo os direitos fundamentais de todos os envolvidos.

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