O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou em uma rede social que ordenou o ataque contra um barco no Caribe nesta segunda-feira. A justificativa foi a presença de narcoterroristas em uma embarcação carregada de drogas com destino aos Estados Unidos. Trump destacou que esses cartéis de tráfico de drogas representam uma grande ameaça à segurança nacional, política externa e interesses vitais do país. O ataque resultou na morte de três homens classificados como terroristas em combate, sem nenhum militar dos EUA ferido na operação.
Até o momento, o governo norte-americano não divulgou detalhes sobre o local exato do ataque nem mais informações sobre a operação em si. Este foi o segundo bombardeio conduzido pelos EUA contra uma embarcação em águas internacionais em menos de 15 dias. Trump já havia revelado uma outra operação, ocorrida em 2 de setembro, que resultou na morte de 11 narcoterroristas. Na ocasião, o presidente acusou o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de controlar a gangue Tren de Aragua, classificada como terrorista pelos EUA.
Além da Tren de Aragua, os EUA acusam Maduro de liderar o Cartel de los Soles, embora essa afirmação seja contestada por alguns analistas. Especialistas alegam que o grupo funciona como uma rede de redes, envolvendo militares de diferentes setores políticos venezuelanos. Maduro é apontado como um dos principais beneficiários de uma ‘governança criminal híbrida’ implantada no país. Maduro afirmou que a Venezuela está sendo alvo de várias ameaças e agressões dos Estados Unidos durante uma coletiva com jornalistas na segunda-feira. Ele alegou que o país está protegido por leis internacionais para responder a essas agressões, acusando os EUA de utilizar desculpas para justificar uma escalada militar.
Nos últimos dias, Maduro convocou reservistas, milicianos e jovens alistados para treinamentos de tiro em quartéis em todo o país. Na sexta-feira, ele anunciou a mobilização de fuzis, tanques e mísseis para possíveis defesas contra ataques dos EUA. Maduro também ordenou o envio de 25 mil militares para fronteiras com Colômbia e Caribe e convocou cidadãos para se alistarem na Milícia Bolivariana, um corpo armado formado por civis. Enquanto isso, especialistas apontam que os EUA estão enviando navios de guerra e militares para o sul do Caribe, indicando uma possível intervenção militar na Venezuela.