O governo dos Estados Unidos confirmou, na tarde desta terça-feira, 8, a imposição de uma nova tarifa de 50% sobre produtos chineses, ampliando o pacote de medidas retaliatórias contra o país asiático. A decisão foi tomada após a China não recuar nas tarifas de 34% anunciadas na semana passada em resposta às ações dos EUA. As novas taxas entrarão em vigor às 3h01 (horário de Brasília) desta quarta-feira, 9, conforme informou a agência Reuters.
Além da tarifa adicional de 50%, o presidente Donald Trump determinou que todas as importações chinesas recebam uma nova sobretaxa de 84%, totalizando tarifas de, no mínimo, 104% sobre os produtos vindos da China. O anúncio foi feito pela secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, que destacou que o presidente está firme em sua postura frente à política comercial chinesa.
“Países como a China, que optaram por retaliar e tentar dobrar seus maus tratos aos trabalhadores americanos, estão cometendo um erro”, afirmou Leavitt. “O presidente Trump tem uma espinha dorsal de aço e não vai se quebrar”, completou. Ela também declarou que os chineses “querem fazer um acordo, só não sabem como fazê-lo”, mas se recusou a comentar se há possibilidades de reduzir as tarifas no futuro.
Em 2024, a China foi a segunda maior fonte de importações dos Estados Unidos, exportando cerca de US$ 439 bilhões em mercadorias, enquanto os EUA venderam US$ 144 bilhões ao país asiático. Com a escalada da guerra comercial, cresce a preocupação sobre os impactos nas indústrias domésticas e o possível aumento no número de demissões.
Além da China, dezenas de outros países e a União Europeia também enfrentam prazos até a meia-noite desta terça para o início de novas tarifas definidas por Trump na semana passada, que variam entre 11% e 50%. Segundo Leavitt, embora tenham ocorrido conversas com líderes mundiais para negociar reduções, o presidente americano segue determinado a implementar as medidas. “Ele espera que essas tarifas entrem em vigor”, disse ela após encontro com Trump.