Última atualização 29/09/2022 | 08:01
Atento ao cenário político do Brasil, o Senado dos Estados Unidos (EUA) aprovou na noite desta quarta-feira, 28, por unanimidade, resolução que, em última instância, pode representar rompimento de relações com o país no caso de haver desrespeito ao rito e ao resultado das eleições de 2 de outubro.
A resolução foi apresentada por Bernie Sanders e outros cinco senadores democratas com o propósito de ‘defender a democracia no Brasil’. Ao defendê-la em plenário, Sanders afirmou que o texto não era favorável a qualquer candidato, mas, ao rompimento de relações e assistência militar entre países em caso de um golpe.
“Não estamos tomando lado na eleição brasileira, o que estamos fazendo é expressar o consenso do Senado de que o governo dos EUA deve deixar inequivocamente claro que a continuidade da relação entre Brasil e EUA depende do compromisso do governo do Brasil com democracia e direitos humanos”, afirmou o senador democrata, segundo reportagem do UOL.
O texto do portal registra ainda outra fala de Sanders, indicando a neutralidade dos EUA. “O governo Biden deve deixar claro que os Estados Unidos não apoiam nenhum governo que chegue ao poder ao Brasil por meios não democráticos e assegurar que a assistência militar é condicional à democracia e transição pacífica de poder”, disse.
A medida não contava com apoio declarado de nenhum republicano, mas, pelas regras da Câmara Alta, se nenhum senador faz objeção a um texto de resolução, ele é aprovado por unanimidade na casa. A aprovação se dá quatro dias da eleição presidencial no Brasil.