Eurico Cunha, empresário que revolucionou a gastronomia no Brasil, lança
biografia no Rio
‘Não Precisa Acender a Luz’, livro escrito por Mauro Ventura, conta a história
do empreendedor que, cego aos 6 anos, desafiou as adversidades e se tornou
referência no setor de restaurantes do Brasil e na defesa da inclusão e da
igualdade.
Eurico Cunha, um dos maiores nomes da gastronomia brasileira, tem sua história
detalhada na biografia “Não Precisa Acender a Luz”, escrita pelo jornalista
Mauro Ventura e publicada pela Editora Tinta Negra. A trajetória do empresário de 81 anos
que ficou cego aos 6 anos após dois acidentes domésticos é desvendada nesse livro lançado na última quarta-feira (9) na Livraria da Travessa, no
Shopping Leblon, na Zona Sul do Rio.
A obra, resultado de longas conversas entre o autor e Eurico, inclui depoimentos
de amigos e profissionais que o acompanharam ao longo dos anos. A história retrata
um homem que transformou desafios em oportunidades.
CHEFS CONSAGRADOS E ESTRELAS MICHELIN
Eurico, responsável por introduzir a alta gastronomia no Brasil, foi proprietário
de restaurantes renomados no Rio de Janeiro, sendo um dos primeiros a obter uma
estrela Michelin no país. Ele estabeleceu parcerias com chefs de renome internacional
e administrou mais de 50 restaurantes, destacando-se pela diversidade de estilos gastronômicos.
INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA E MILITÂNCIA PELA INCLUSÃO
Eurico Cunha, administrador, consultor, professor e empresário, teve sua carreira
marcada pela inovação e referência em gestão pública, empreendedorismo e acessibilidade.
Além dos negócios, ele militou contra preconceitos e desigualdades sociais desde jovem, fundando
o Centro Operacional Pedro de Alcântara (Copa) e engajando-se em movimentos sociais.
A biografia revela a influência determinante de sua família, especialmente seu pai, na construção de sua personalidade e história de vida. Desde cedo, Eurico foi desafiado a ser autossuficiente e a buscar a superação, sendo impulsionado a iniciar seus primeiros projetos profissionais.
Mauro Ventura, jornalista e autor premiado, assina a obra, detalhando a visão precoce de independência de Eurico desde a infância, sua determinação em não se deixar definir pela cegueira e sua busca por uma vida autônoma e plena.