“Evento sobre democracia liderado por Brasil e outros países exclui Estados Unidos”

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Os Estados Unidos não foram convidados para um evento sobre democracia liderado por Brasil, Espanha e outros três países que será realizado em paralelo à Assembleia Geral da ONU em Nova York. A reunião, com o tema “Em defesa da democracia, combatendo os extremismos”, seguirá o modelo de um encontro ocorrido em 2024, porém, desta vez, os EUA não estarão presentes.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua comitiva partirão para Nova York neste domingo, às 10h. Lá, na terça-feira, Lula fará o discurso de abertura na Assembleia Geral da ONU. No ano passado, o presidente brasileiro já havia organizado um evento com a mesma temática em parceria com outros países, incluindo os EUA sob a presidência de Joe Biden.

Diferentemente da edição anterior, desta vez, segundo auxiliares do governo, os Estados Unidos não foram considerados para receber um convite para a reunião. Nem mesmo a administração de Donald Trump demonstrou interesse em participar. Em julho, os países organizadores realizaram uma prévia do encontro em Santiago, no Chile.

As relações entre Brasil e Estados Unidos passam por um momento delicado, com Trump impondo tarifas de 50% sobre alguns produtos brasileiros. Uma das justificativas do presidente americano foi a suposta perseguição da Justiça brasileira contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de Trump.

Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe para se manter no poder após perder a eleição de 2022. Depois da condenação, autoridades dos EUA prometeram impor novas sanções ao Brasil. A ausência dos EUA no evento paralelo à Assembleia Geral da ONU reflete a tensão atual entre os dois países.

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