O presidente da Bolívia, Evo Morales, voltou a acusar nesta sexta-feira (28) o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) e ex-chanceler uruguaio, Luis Almagro, e alguns países da entidade, de “conspirar” contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. As informações são da agência de notícias espanhola EFE.
Em uma coletiva de imprensa em La Paz, Morales disse que “a Venezuela vive um golpe de Estado”, porque foi pedida a renúncia do presidente Maduro. Segundo o líder boliviano, a OEA quer “acabar com a democracia” venezuelana.
“Lamento muito que alguns países membros da OEA, liderados pelo seu secretário-geral Almagro, comecem a conspirar. A OEA nunca esquece seu passado golpista, sua tradição golpista”, sustentou Morales. Segundo ele, a organização “nunca se manifesta” quando há golpes de Estado contra presidentes “de esquerda”.
O governante da Bolívia, que é aliado de Maduro, disse que o anúncio do governo venezuelano de sair da OEA se deve ao fato de a organização ter aprovado a convocação de uma reunião de chanceleres para abordar a crise política da Venezuela, apesar da rejeição frontal de seu governo a essa sessão.
As críticas de Evo Morales a Almagro foram constantes desde que este último invocou a Carta Democrática da OEA para impor sanções à Venezuela. O governante boliviano já havia responsabilizado o secretário-geral da OEA pela violência registrada na Venezuela em meio aos protestos da oposição e o acusou várias vezes de antepor os interesses dos Estados Unidos aos dos povos latino-americanos.
Morales reiterou que, por trás dos conflitos na Venezuela, há uma intenção de “se apossar do petróleo venezuelano”.
Fonte: Agência Brasil