À PF, Mauro Cid diz que advogado se confundiu ao falar sobre Bolsonaro
Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid prestou depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (5/12) em Brasília.
Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid prestou um novo depoimento à Polícia Federal (PF) na tarde desta quinta-feira (5/12), em Brasília.
Segundo fontes da PF, um dos principais objetivos da oitiva foi esclarecer uma recente entrevista do advogado do militar, Cezar Bittencourt, na qual ele falou sobre Bolsonaro.
Mauro Cid deu explicações para a PF após seu advogado dar entrevistas sobre o inquérito do golpe. Em uma das entrevistas, o advogado Cezar Bittencourt afirmou que Mauro Cid teria dito ao STF que Bolsonaro sabia de plano para matar Lula. Mauro Cid afirmou à PF que seu advogado se confundiu com as perguntas.
Na entrevista, concedida em 22 de novembro, o advogado afirmou que Cid teria relatado ao STF que Bolsonaro sabia do plano para matar o então presidente Lula em 2022. Minutos depois, Cezar recuou e disse que o suposto plano conhecido por Bolsonaro não era o que previa matar Lula, mas, sim, sobre um determinado fato “que vinha acontecendo” no seu entorno.
No depoimento desta quinta à PF, o ex-ajudante de ordens afirmou ao delegado Fábio Shor, responsável por conduzir a oitiva, que seu advogado teria se “confundido” com as perguntas durante a entrevista.
Cezar Bittencourt acompanhou Cid no depoimento como advogado. Segundo fontes da PF, no momento da pergunta, o advogado reiterou ao delegado que realmente teria se confundido. Na oitiva desta quinta, de acordo com relatos, o tenente-coronel reafirmou que não tinha conhecimento sobre o suposto plano para matar Lula e que, por isso, não teria como saber se Bolsonaro sabia.
O depoimento de Cid começou por volta das 15h e terminou às 16h40. Ao sair da sede da PF, o militar evitou falar com a imprensa e permaneceu em silêncio enquanto deixava o local.