O ex-ajudante de ordens do governo Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel do Exército, Mauro Cesar Barbosa Cid, foi exonerado e não vai mais comandar o 1º Batalhão de Ações e Comandos, unidade de Operações Especiais, em Goiânia. Ele assumiria o posto no próximo mês.
A saída do “Coronel Cid”, como também o militar é conhecido, foi antecipada pelo Exército. O comandante do Batalhão da Guarda Presidencial, tenente-coronel Jorge Paulo Fernandes da Hora, também deve deixar o cargo nesta semana.
O ex-ajudante é investigado por, supostamente, não impedir os atos criminosos no dia 8 de janeiro, em Brasília. Seu novo posto será no Estado-Maior do Comando Militar do Planalto.
Comandante é demitido
A saída de Cid ocorre três dias depois da demissão do comandante do Exército, Júlio César de Arruda, motivada por dois episódios: a falta de punição do general em relação aos militares que participaram dos atos criminosos no DF e a recusa em cumprir a determinação de Lula (PT).
O mandatário havia determinado a remoção do tenente-coronel Mauro Cid, homem de confiança de Bolsonaro, do comando de um dos batalhões do Exército em Goiânia. Autoridades que acompanharam de perto a decisão do governo de substituir Arruda disseram que o então comandante do Exército não vinha demonstrando disposição em controlar as tropas.
Arruda, inclusive, vinha demonstrando pretensão de manter Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro durante todo o seu mandato, no posto em Goiás. A insistência do general passou a preocupar o governo.
Vale lembrar que Cid é investigado pelo ministro Alexandre de Moraes num inquérito que corre no Supremo Tribunal Federal (STF).