Ex-assessor da Justiça do Rio Grande do Sul é suspeito de causar um prejuízo de R$ 10 milhões a colegas com uma pirâmide financeira.
O homem está sendo investigado pela Polícia Civil por convencer colegas e amigos a investir em uma empresa de fachada, com a falsa promessa de lucros de até 50% ao ano. A polícia aponta que se tratava de uma pirâmide financeira.
A operação, denominada Muy Amigo, realizou duas diligências nesta sexta-feira (17) na cidade de Canoas, localizada na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Segundo as informações do inquérito, o suspeito teria enganado pelo menos cinco colegas de uma vara judicial da capital e outras cinco pessoas ligadas a um clube, convencendo-as a investir o montante em uma empresa. Ele prometia altos lucros anuais.
As vítimas relataram à 10ª Delegacia de Polícia que o ex-assessor garantia rendimentos entre 30% e 50% ao ano. Embora tenham recebido parte do retorno nos primeiros meses, os pagamentos foram interrompidos logo em seguida.
O delegado Juliano Ferreira destacou que o esquema se enquadra nas características de uma pirâmide financeira, sinalizando para a prática do crime de estelionato.
Ferreira explicou: “Eles foram atraídos e enganados por um conhecido, um ex-assessor do Tribunal de Justiça, que afirmava ter um amigo com uma empresa que realizava contratos com entidades públicas e garantia altos rendimentos em pouco tempo. Os investidores iniciais obtiveram algum retorno, até que o dinheiro se esgotou e a fraude se consumou”.
A investigação revelou que a mencionada empresa nunca teve contratos com órgãos públicos, reforçando a suspeita de fraude.
Além disso, foi ordenado o sequestro judicial dos bens em nome do suspeito. Até o momento, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul não emitiu nenhum pronunciamento a respeito do caso.




