A Polícia Civil de Santa Catarina prenderam o ex-BBB e influenciador digital Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, durante uma operação neste domingo, 14. Ele é acusado de estelionato ao lesionar pelo menos 370 pessoas com a venda de produtos por meio de uma loja virtual da qual é proprietário – mas os produtos não eram entregues.
Além dele, na última sexta-feira, 12, a polícia também prendeu Gabriela Sousa, esposa do influenciador. Ela foi detida em flagrante e liberada após pagar uma fiança de R$ 14 mil. O sócio de Nego Di também foi preso em fevereiro do ano passado, sendo solto dias depois.
“Tadizuera”
A loja virtual, “Tadizuera”, operou entre 18 de março e 26 de julho de 2022. Nego Di era proprietário do e-commerce e fazia a divulgação em perfis nas redes sociais de eletrônicos à venda, como aparelhos de ar-condicionado e televisores, muitos deles por preços abaixo do mercado.
Parte dos seguidores do ex-BBB compraram os produtos, mas nunca receberam. A investigação aponta que não havia estoque e que Nego Di enganou os clientes prometendo que as entregas seriam feitas, apesar de saber que não seriam. Ainda assim, ele utilizava os dinheiros que entrava nas contas bancárias da empresa.
A Polícia Civil afirmou que tentou por diversas vezes intimar Nego Di para prestar esclarecimentos, mas ele nunca foi encontrado.
A corporação afirmou que, ao todo, 370 clientes foram lesados, totalizando um prejuízo de R$ 330 mil. No entanto, como as movimentações bancárias são milionárias, a suspeita é de que o número de vítimas seja maior, invista que muitas pessoas ainda não procuraram a polícia.
Promoção de rifas virtuais
Além da loa virtual, Nego Di também aproveitava dos seguidores nas redes sociais para divulgar rifas virtuais como prêmios atraentes, como dinheiro, celulares, videogames e até carros. No entanto, a ação resultou em um esquema que configura lavagem de dinheiro, segundo o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP).
As promoções também envolveram uma Porsche, com compras de rifa no valor de 0,99 centavos. Foi ação que chamou a atenção do Ministério Público, que passou a investiga a situação.
Na investigação, a polícia identificou que os depósitos dos sorteios de Nego Di eram canalizados para contas vinculadas à sua esposa, empresas em nome do casal e até parentes. A movimentação financeira chegou a R$ 2,6 milhões.