Ex-chefe do Procon de Formosa é preso por aplicar golpes em comerciantes

Polícia Civil de Goiás prendeu o ex-chefe do Procon de Formosa por corrupção, após investigações sobre esquema de extorsão

A Polícia Civil do Estado de Goiás, através da 1ª Delegacia Distrital de Polícia de Formosa – 11ª DRP, prendeu nesta terça-feira, 30, o ex-chefe do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Formosa. A operação também incluiu o cumprimento de mandados de busca e apreensão na residência do investigado e no órgão público em questão.

Segundo as investigações, o ex-chefe do Procon aplicava multas em comerciantes locais e, em seguida, informava a eles que havia conseguido um “desconto”. No entanto, como condição para esse suposto desconto, solicitava que o pagamento fosse feito em espécie, diretamente em suas mãos.

Além disso, foi descoberto que o investigado chegou a receber transferências via PIX diretamente em sua conta bancária, tudo sob o falso pretexto do desconto obtido em favor do comerciante multado.

Veja o vídeo divulgado pela corporação: 

Diante da gravidade dos fatos e da grande repercussão na população local, o investigado foi rapidamente exonerado do cargo público que ocupava. Após a prisão, ele foi encaminhado à unidade prisional local, onde ficará à disposição do Poder Judiciário.

A Polícia Civil de Goiás alerta os comerciantes locais que tenham sido autuados de maneira semelhante para que procurem imediatamente a unidade policial mencionada. As investigações continuam em andamento com o objetivo de desarticular uma possível associação criminosa atuante no Procon de Formosa.

 

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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