Ex de fisioterapeuta atropelado e morto após casamento diz que filho tremeu ‘da cabeça aos pés’ ao receber notícia
Fábio Toshiro morreu em julho de 2024, no Rio de Janeiro. O filho dele, de 15 anos, mora com a mãe nos Estados Unidos.
Fábio Toshiro deixou o filho, de 15 anos. Imagens são de viagem do fisioterapeuta para visitar o filho nos EUA em 2022. — Foto: Arquivo Pessoal
A ex-companheira de Fábio Fábio Toshiro, o fisioterapeuta que morreu atropelado após a própria festa de casamento,
falou com exclusividade ao DE sobre o caso que ganhou repercussão nacional. A mulher que teve um filho junto com a vítima também comentou sobre as razões que a levaram a processar o motorista e as passageiras do veículo.
Fábio morreu no dia 13 de julho após ser atingido pela BMW do influenciador Vítor Belarmino, que estava em alta velocidade na Avenida Lúcio Costa, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
A vítima tinha acabado de sair do hotel Cdesign e faria uma viagem de lua de mel.
A ex-companheira de Toshiro revelou que o filho de 15 anos não esteve no casamento do pai devido a um compromisso com o governo americano para regularizar trâmites de documentação. A mulher soube da morte à distância, sendo a responsável por contar ao garoto sobre o atropelamento.
O processo de dano moral, material e pensão alimentícia é contra Vítor Belarmino, acusado de homicídio doloso, e as cinco passageiras, rés por omissão de socorro: Amanda Camargo e Silva, Mirelly da Silva Campos, Julia Teixeira de Sousa, Débora Letícia da Silva Paz e Karolayne Melo Fernandes Ferreira. Os acusados não se manifestaram até a publicação desta reportagem.
Ao DE, ela contou que mora com o menor nos Estados Unidos desde o fim de 2019, mas a distância nunca interferiu na relação entre o garoto e o pai, que pagava pensão alimentícia. “A gente sempre ia ao Brasil e ele sempre ficava na casa da família do pai dele”, explicou.
Devido à tragédia, a mulher viajou com o menor ao Brasil para as cerimônias de despedida. “Nunca imaginei que meu filho ia passar por isso de ter que sepultar o pai dele”, explicou ela, acrescentando a necessidade de proteger o adolescente da exposição, uma vez que o caso repercutiu nacionalmente.
A mulher mora em Nova Jersey (EUA) e trabalha em um restaurante, além de atuar com a limpeza de casas. Ela disse que buscou ajuda profissional para a família lidar com o momento de luto e, após o retorno aos EUA, o filho retomou as atividades habituais.
No entanto, ela ainda teme pelo futuro do adolescente, já que a perda do pai foi fruto de um crime trágico. “Não sei que tipo de recurso meu filho vai precisar futuramente […]. Ele não tem mais a parte financeira que o pai estaria dando”, comentou a mulher, ressaltando que o motorista deve lidar com todas as sanções cabíveis.