Ex-desembargador em caso polêmico com entregador de app no Recife: confusão com arma e acusações de ameaça

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Um incidente envolvendo um ex-desembargador e um entregador de aplicativo foi registrado na noite de quarta-feira (17) no bairro da Madalena, na Zona Oeste do Recife. A situação escalou para uma confusão com ofensas à polícia, armas empunhadas e um boletim de ocorrência por ameaça e desacato. O motociclista Miqueias Santos de Moraes alegou que o ex-magistrado Bartolomeu Bueno de Freitas Morais apontou uma arma contra ele próximo ao Espetinho do Picuí, na Rua Benfica. Por outro lado, Bartolomeu negou a acusação e afirmou que foi vítima de abuso policial.

Miqueias relatou que o desentendimento ocorreu quando o desembargador chegou em seu carro com um revólver calibre 38, ordenando que ele saísse do caminho. O motociclista, assustado, procurou uma viatura da Polícia Militar para relatar o caso. Segundo a versão do motociclista, os policiais Flávio de Almeida e Leonardo Medeiros intervieram, e Bartolomeu teria desrespeitado os agentes, se identificando como desembargador e mostrando a arma.

O boletim de ocorrência revelou que Bartolomeu desacatou os policiais, exibindo a arma e evidenciando sinais de embriaguez. Os agentes solicitaram reforços ao Centro de Operações da Polícia Militar (Copom). Em meio à discussão, o ex-desembargador tentou sair do local, mas foi impedido pelos policiais. Miqueias aproveitou um momento de distração do ex-magistrado para pegar a arma e entregá-la aos policiais.

Um tenente da Polícia Militar, conhecido apenas como Ximenes, foi acionado para acompanhar o caso. Ele ofereceu escolta a Bartolomeu até sua casa, porém a oferta foi recusada pelo desembargador. Em entrevista ao g1, Bartolomeu afirmou que apenas retirou a arma do carro para guardá-la na cintura, sem apontá-la para o motociclista. Ele destacou que os policiais questionaram se estava armado, e ele apresentou os documentos necessários.

Segundo Bartolomeu, ele foi impedido de deixar o local pelos policiais. O desembargador afirmou ter sido vítima de violência policial e negou as acusações de ter apontado a arma para o entregador. O dono do Espetinho do Picuí corroborou a versão do ex-magistrado, afirmando que ele não apresentava sinais de embriaguez. A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar as ocorrências de ameaça e desacato, enquanto o TJPE informou que Bartolomeu não é mais parte de seu quadro de magistrados devido à aposentadoria.

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