Ex-diretor da Polícia Civil do DF condenado por stalking e violência doméstica

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O ex-diretor-geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Robson Cândido foi condenado a seis meses de prisão pelo crime de stalking e violência doméstica. Cândido foi denunciado por perseguição contra a ex-amante, com quem ele se relacionou por mais de um ano.

Robson já havia sido preso e, nesta segunda-feira (13), em decisão assinada pelo juiz Frederico Ernesto Cardoso Maciel, o ex-diretor-geral deve cumprir seis meses de prisão em regime aberto e dez dias de multa.

Cândido foi condenado por dois dos oito crimes pelos quais foi denunciado. A denúncia contra o ex-diretor-geral da PCDF também o acusava de descumprimento de medida protetiva de urgência, peculato, corrupção passiva, interceptação sem autorização judicial e violação do sigilo funcional.

O delegado Thiago Peralva também foi denunciado pelo Ministério Público (MPDFT) no mesmo caso. Ele foi condenado a dois anos de prisão em regime aberto, mas teve a pena substituída pelo pagamento de multa.

Peralva inseriu o número da mulher em uma interceptação telefônica em curso que apurava crime de tráfico de drogas. O juiz reforça que o ex-diretor-geral não “necessitou do apoio de ninguém ou de acesso a qualquer sistema para a prática do delito”, pois já conhecia a rotina da vítima.

Em novembro de 2023, Robson foi preso pelo Ministério Público em sua casa no Distrito Federal, após denúncias de sua ex-amante e ex-esposa. As investigações apontavam que ele havia perseguido e ameaçado as vítimas, invadindo suas casas, seguindo-as no trânsito e no trabalho.

Além disso, a estrutura da Polícia Civil teria sido utilizada por Robson para fins ilícitos e particulares. O delegado foi o primeiro colocado em uma lista tríplice para o comando da PCDF e foi referendado pelo governador Ibaneis Rocha. Antes da direção da Polícia Civil, ele chefiava a 11ª DP no Núcleo Bandeirante.

Em outubro de 2023, Cândido deixou o comando da PCDF, dias antes das denúncias contra ele virem a público. A ex-esposa e ex-amante do delegado registraram boletim de ocorrência e pediram medidas protetivas contra o ex-diretor-geral.

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