Ex-diretor da PRF detido no Paraguai chega ao Brasil com documentos falsos

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Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foi entregue à Polícia Federal (PF) e chegou ao Brasil na noite desta sexta-feira (26), após ser detido no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai. O ex-diretor foi detido ao tentar embarcar para El Salvador com documentos falsos e foi levado até Cidade do Leste, onde passou por procedimentos na aduana antes de cruzar a fronteira. A transferência para Brasília está prevista para ocorrer neste sábado (27).

Silvinei foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a mais de 24 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado, sendo acusado de monitorar autoridades e dificultar a votação de eleitores, especialmente no Nordeste. Ao tentar fugir do Brasil, rompeu a tornozeleira eletrônica, sendo detido no Paraguai com documentação falsa. O ministro Alexandre de Moraes decretou sua prisão preventiva, considerando que Silvinei tentou driblar as ordens judiciais.

Durante sua abordagem no Paraguai, Silvinei apresentou uma declaração médica afirmando ter câncer na cabeça e estar impossibilitado de falar, mas acabou confessando que os documentos não eram dele. O diretor de Migrações do Paraguai confirmou que a documentação utilizada era falsa e informou que o Ministério Público do país investigará se os documentos foram extraviados ou roubados.

A fuga de Silvinei Vasques teve início na véspera de Natal, quando deixou sua residência em São José (SC) antes da tornozeleira eletrônica parar de funcionar. Imagens mostram que ele carregou um veículo com pertences e um cachorro da raça pitbull. A Polícia Federal constatou que Silvinei saiu do país para evitar as medidas judiciais. Alexandre de Moraes decretou a prisão preventiva considerando a tentativa de fuga.

Silvinei Vasques, que já havia sido condenado por uso político da estrutura da PRF durante a campanha eleitoral de 2022, foi nomeado secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação da Prefeitura de São José (SC) em janeiro de 2025, mas pediu exoneração do cargo em dezembro do mesmo ano, após sua condenação na trama golpista. A PF continua investigando as circunstâncias da fuga e as ações do ex-diretor da PRF.

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