Ex-diretor do FBI diz ter certeza de que a Rússia tentou interferir nas eleições

O ex-diretor do FBI, James Comey, disse hoje (8) que não tem dúvidas de que a Rússia tentou interferir nas eleições de 2016, mas que tem confiança de que os votos depositados durante o processo não foram alterados.

Ele presta depoimento no Comitê de Inteligência do Senado norte-americano sobre a investigação que conduzia, a respeito das relações entre a Rússia e equipe do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nas eleições de 2016.  Comey deixou as investigações até ser demitido por Donald Trump no dia 9 de maio.

O depoimento público acontece pela manhã e, à tarde, Comey conversa a portas fechadas com os senadores. No início do depoimento, o ex-diretor disse que o FBI é independente e sempre deverá ser. Ele também lamentou ter deixado o cargo sem poder se despedir dos colegas.

Ontem, Comey divulgou o testemunho que iria apresentar hoje ao Senado. Ele diz que Trump pediu para que ele “deixasse de lado” uma investigação que conduzia acerca de contatos do ex-assessor de Segurança Nacional Michael Flynn com oficiais russos. No mesmo depoimento, ele também afirma que Trump teria pedido a ele ajuda para tirar a “nuvem” que atrapalhava seu governo, que seria a investigação sobre a interferência russa.

Fonte: Agência Brasil

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Avião da Embraer pode ter sido abatido por sistema de defesa russo, indicam fontes

O acidente com o avião da Azerbaijan Airlines que deixou 38 mortos na última quarta-feira pode ter sido causado por um sistema de defesa aérea russo, segundo informações obtidas pela agência Reuters. A suspeita foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens mostrando coletes salva-vidas perfurados. Especialistas em aviação e militares corroboraram a análise, e até mesmo a mídia russa considerou a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano.

Enquanto isso, as autoridades russas e do Cazaquistão pedem cautela. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que especulações sobre as causas são prematuras, e o presidente do Senado do Cazaquistão, Mäulen Äşimbaev, reforçou que a investigação está em andamento, garantindo transparência nos resultados.

O avião, que partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia, desviou significativamente de sua rota antes de cair no Cazaquistão. A companhia aérea inicialmente sugeriu que o acidente poderia ter sido causado por colisão com aves, mas especialistas descartaram essa hipótese. Serik Mukhtybayev, especialista cazaque, e o brasileiro Lito Sousa destacaram que os danos nos destroços apontam para uma causa externa, possivelmente relacionada a um ataque.

Relatos e análises reforçam a teoria de que o avião foi atingido por um míssil. Um piloto militar francês, sob anonimato, afirmou que os danos na cauda são consistentes com explosões de estilhaços. O blogueiro russo Yuri Podolyaka também mencionou sinais típicos de sistemas antiaéreos.

Dados do site Flightradar24 mostram que o avião enfrentou interferências de GPS antes do acidente, algo já atribuído à Rússia em ocasiões anteriores. A Chechênia, destino final do voo, havia sido alvo de ataques com drones no mesmo período, segundo informações locais.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, evitou especular, atribuindo o desvio de rota ao mau tempo. A caixa-preta do avião foi recuperada e será analisada para determinar a causa do acidente. Das 67 pessoas a bordo, 29 sobreviveram, sendo que 11 permanecem em estado grave.

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