A decisão da Justiça em bloquear R$ 2 milhões em bens de ex-dirigentes da Apae de Bauru pegou a todos de surpresa. O anúncio foi feito em 15 de maio, um dia após o Ministério Público mover uma ação civil por improbidade administrativa contra 13 pessoas ligadas à antiga gestão da instituição. Essa medida drástica foi tomada em meio a suspeitas de desvios de recursos da Apae local, o que abalou a comunidade de Bauru (SP).
Os investigados enfrentam agora o bloqueio de aproximadamente R$ 2 milhões em bens, como resposta aos supostos desvios de recursos da Apae de Bauru. Além disso, a juíza também determinou o afastamento de todos os envolvidos da instituição, garantindo que qualquer dívida existente com eles seja diretamente depositada no processo. Entre os acusados, estão nomes como Renato Tadeu de Campos, Maria Lúcia Miranda e Gabriel Gomes da Rocha Rodrigues.
Algumas defesas já se manifestaram sobre o caso. Enquanto a defesa de Izabel Albuquerque reforçou a inocência da acusada, outras ações estão em andamento. Os envolvidos também respondem a um processo criminal por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa, todos relacionados aos supostos desvios na Apae. Essa nova etapa do caso levou à solicitação do ressarcimento de R$ 10 milhões pelo Ministério Público.
A situação se torna ainda mais complexa com a revelação de um suposto assassinato. Roberto Franceschetti Filho é réu no processo de investigação do desaparecimento e morte de Cláudia Lobo, ex-secretária da Apae de Bauru. O júri popular para resolver esse caso delicado, marcado para outubro, envolve não só Franceschetti, mas também Dilomar Batista. Ambos respondem a diferentes acusações, com Franceschetti detido e Dilomar em liberdade condicional.
Toda essa saga de escândalos e desvios coloca a gestão da Apae de Bauru em xeque, exigindo respostas e esclarecimentos para a comunidade local. A Justiça, por sua vez, segue determinada a punir os responsáveis pelos atos de improbidade administrativa e investigar a fundo os crimes relacionados à instituição. A transparência e a prestação de contas se tornam agora um dever ainda mais crucial para a Apae e suas lideranças.