Ex-funcionário da família Bolsonaro entrega esquema de rachadinhas

Marcelo Luiz Nogueira, ex-funcionário da família Bolsonaro, disse que Ana Cristina Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ficava com pelo menos 80% de seu salário e do de outros funcionários. Nogueira diz ter se demitido por não receber o salário solicitado.

Ele afirma ter trabalhado com a família por 14 anos e que o esquema de “rachadinha” funcionava nos gabinetes do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e de seu irmão, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Ambos são filhos do presidente.

De acordo com o ex-funcionário, em alguns casos, os contratados devolviam 100% do salário, já que eram usados os nomes e as contas dos envolvidos sem que eles precisassem trabalhar. Nogueira foi questionado sobre se poderia apresentar provas a respeito de suas declarações. Disse que não. Só tem sua palavra.

Parou de atuar com a família quando Ana Cristina se mudou para a Europa. De 2014 a 2021, voltou a trabalhar com ela, como empregado doméstico, primeiro em Resende (RJ), depois em Brasília. Nogueira diz que Ana Cristina precedeu Fabrício Queiroz no esquema de rachadinhas nos gabinetes de Flávio e Carlos. Depois da separação, Flávio e Carlos teriam assumido a responsabilidade pelo recolhimento dos salários dos funcionários.

Ele também afirma que Ana Cristina formou todo o seu patrimônio usando laranjas, inclusive na compra da mansão do Lago Sul, em Brasília, em que mora junto com Jair Renan. Segundo Nogueira, o imóvel não foi alugado, mas comprado por meio de 2 laranjas. O negócio teria sido feito com um contrato de gaveta: um documento informal teria sido registrado em cartório. A mansão seria repassada para ela, encerrado o financiamento.

Fonte: Poder 360

 

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Lula impõe veto ao indulto de Natal para condenados do 8 de janeiro

Lula Impõe Veto ao Indulto de Natal para Condenados do 8 de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou o indulto de Natal para os condenados pelos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, marcando o segundo ano consecutivo em que o benefício é negado aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. O anúncio foi feito na noite de 23 de dezembro, um dia antes da véspera de Natal, destacando a firmeza do governo em lidar com esses crimes.

Além disso, o indulto não será concedido a condenados por abuso de autoridade e crimes contra a administração pública, como peculato e corrupção passiva. O decreto também exclui aqueles condenados por crimes hediondos, tortura e violência contra a mulher, crianças e adolescentes. Integrantes de organizações criminosas, condenados em regimes disciplinares diferenciados e aqueles que fizeram acordos de colaboração premiada também estão fora do benefício.

Por outro lado, o indulto será concedido a gestantes com gravidez de alto risco, comprovada por laudo médico. Mães e avós condenadas por crimes sem grave ameaça ou violência também terão direito ao benefício, desde que comprovem ser essenciais para o cuidado de crianças até 12 anos com deficiência.

Saúde e condições especiais

O decreto prevê o perdão da pena para pessoas infectadas com HIV em estágio terminal, ou aquelas com doenças graves crônicas sem possibilidade de atendimento na unidade prisional. Pessoas paraplégicas, tetraplégicas, cegas e portadoras do espectro autista em grau severo também serão beneficiadas.

Este decreto reforça a posição do governo em relação aos atos antidemocráticos e crimes graves, enquanto oferece alívio a grupos vulneráveis. As pessoas contempladas pelo benefício terão, na prática, o perdão da pena e o direito à liberdade.

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