Ex-funcionário da Prefeitura de Ponta Grossa é investigado por golpes em colegas com deficiência: prejuízo de R$100 mil

Um homem de 33 anos, ex-funcionário da Prefeitura de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, está sendo investigado como suspeito de aplicar golpes em colegas de trabalho, abrindo contas e fazendo empréstimos em nome das vítimas, que são pessoas com deficiência. Um dos alvos tem 22 anos e é diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), enquanto o outro, com 42 anos, possui deficiência motora. A investigação aponta que o suspeito enganava as vítimas para cometer os crimes.

De acordo com o delegado Gabriel Munhoz, responsável pelo caso, o homem utilizou um carro oficial da prefeitura durante o expediente para levar uma das vítimas até o banco, alegando ajudá-la a desbloquear um cartão. No segundo caso, o suspeito solicitou documentos e dados pessoais do colega sob o pretexto de um trabalho de conclusão de curso sobre acessibilidade. Os golpes ocorreram entre agosto e setembro de 2024, e o prejuízo total identificado nas duas ocorrências se aproxima de R$ 100 mil.

O homem foi indiciado por estelionato majorado por ser praticado contra pessoas com deficiência, e os inquéritos foram encaminhados à Justiça. O delegado ressalta que as penas máximas dos crimes somadas podem ultrapassar doze anos de reclusão. Vale destacar que o suspeito possui um antecedente criminal por estelionato em 2012 e permaneceu em silêncio durante o interrogatório.

O Portal da Transparência informa que o homem deixou o cargo na prefeitura municipal em outubro de 2024. O ex-funcionário possui vínculo com os casos investigados, mas a relação direta ainda não foi confirmada. Enquanto isso, o g1 busca contatar a defesa do suspeito para se posicionar sobre as acusações.

As ações criminosas foram descobertas após a primeira vítima registrar um boletim de ocorrência em agosto de 2024. O suspeito abriu uma conta bancária em nome da vítima, efetuou saques e contratou um empréstimo consignado sem seu consentimento. No mês seguinte, outro colega também foi vítima do golpe, totalizando R$ 60 mil em prejuízo.

Diante do aumento de golpes direcionados a grupos vulneráveis, como pessoas com deficiência e idosos, o delegado Gabriel Munhoz alerta a população para ficar atenta a movimentações bancárias suspeitas e nunca fornecer documentos pessoais ou permitir que terceiros realizem operações financeiras em seu nome. Em caso de suspeita de fraude, é recomendado registrar um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou na Delegacia Virtual para investigação e prevenção de novos golpes.

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