Ex-funcionário é condenado a 25 anos de prisão por decapitar funcionário no hospital IJF, em Fortaleza
Um ex-funcionário do Hospital Instituto Dr. José Frota (IJF), em Fortaleza, foi condenado a 25 anos e nove meses de prisão pelo tribunal do júri da capital cearense. O motorista Francisco Aurélio Rodrigues de Lima foi considerado culpado pelos crimes de homicídio consumado e homicídio tentado, após decapitar o zelador Francisco Mizael Souza da Silva e atirar em outro funcionário, Carlos Sérgio Matos de Queiroz, que sobreviveu ao ataque. O júri concluiu que o crime foi motivado por ciúmes que o réu tinha da sua companheira com a vítima, conforme relatos do ex-secretário de Segurança Pública do Ceará.
A pena imposta a Francisco Aurélio foi de 25 anos e nove meses, sendo 18 anos e 9 meses pelo homicídio consumado e sete anos pelo crime tentado, a ser cumprida inicialmente em regime fechado. Aurélio havia trabalhado como copeiro no IJF, mas, no momento do crime, atuava como motorista de aplicativo. Ele foi preso no distrito de Patacas, em Aquiraz, horas após o assassinato do zelador Mizael. A prisão preventiva do réu foi decretada em abril do ano anterior devido aos indícios de ciúmes exacerbados em relação à sua mulher.
O crime chocou os funcionários do IJF e a população de Fortaleza, que se surpreendeu com a brutalidade do ataque dentro das dependências do hospital. Francisco Aurélio entrou no estabelecimento utilizando o reconhecimento facial, apesar de ter sido demitido mais de um ano antes. Armado, ele abordou Mizael no refeitório e efetuou quatro disparos, resultando na morte da vítima. Em seguida, decapitou o zelador, deixando seu corpo fardado no local. Testemunhas relataram que o suspeito fugiu logo após o crime, deixando para trás a mochila com a arma do crime, que foi encontrada no hospital.
A esposa de Aurélio afirmou em depoimento que o réu nutria ciúmes não apenas de Mizael, mas de outros colegas de trabalho dela no IJF. Ela ressaltou que mantinha um relacionamento com Aurélio há aproximadamente um ano e meio e que não tinha proximidade com a vítima. Mizael, funcionário do hospital por uma década, foi enterrado em Pacatuba, região metropolitana de Fortaleza, deixando uma filha de seis anos e a esposa grávida. O IJF é uma instituição de referência no tratamento de traumas complexos, lesões vasculares graves e queimaduras no estado do Ceará, administrado pela Prefeitura municipal. O caso foi amplamente divulgado na imprensa, gerando comoção e questionamentos sobre a segurança nos ambientes de trabalho.
