Ex-gerente dos Correios é condenado por forjar três assaltos e desviar R$ 485 mil no Maranhão
A Justiça Federal considerou que o ex-servidor simulou três roubos à agência entre 2014 e 2015 para justificar o desaparecimento do dinheiro.
O ex-gerente dos Correios em Sambaíba, no sul do Maranhão, foi condenado por improbidade administrativa após forjar três assaltos à agência entre 2014 e 2015.
Ele é acusado de ter desviado R$ 485,2 mil durante esse período, segundo o Ministério Público Federal (MPF). Em todos os casos, o ex-gerente afirmou que as câmeras de segurança estavam desligadas por falta de energia, o que levantou suspeitas sobre a veracidade dos supostos assaltos, já que nenhum deles foi gravado. Mesmo a agência possuindo cofre com retardo e botão de pânico, nenhum deles foi acionado durante os eventos.
O primeiro suposto assalto teria ocorrido em fevereiro de 2014, quando o ex-gerente afirmou ter sido abordado por dois homens durante o almoço e levado para dentro da agência. Ele alegou que os criminosos levaram R$ 161,6 mil e o deixaram amarrado na sala da tesouraria. Posteriormente, ele relatou outro assalto em janeiro de 2015, onde afirmou que três homens o abordaram em frente à sua casa e o fizeram refém, levando R$ 140,1 mil do cofre da agência.
Porém, as contradições em seus relatos levaram à descoberta de que o ex-gerente havia inventado tais situações para encobrir suas ações ilegais. As investigações revelaram que as câmeras estavam desligadas nas três ocasiões e que os relatos do ex-gerente não condiziam com a realidade dos fatos. Após ser condenado por improbidade administrativa, ele terá que devolver o montante desviado e pagar multa equivalente, totalizando R$ 970,4 mil.
Além disso, o ex-gerente também foi condenado por peculato em outro processo, onde recebeu pena de três anos e oito meses de prisão, convertidos em multa, serviços comunitários e restituição do valor desviado. Essas condenações ressaltam a importância da transparência e da ética no serviço público, evitando prejuízos aos cofres públicos e garantindo a confiança da população nos órgãos governamentais.




