Última atualização 30/10/2020 | 09:19
O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) foi condenado por usar caixa 2 na campanha eleitoral de 2006. A sentença, proferida em 1ª instância pelo juiz eleitoral Wilson da Silva Dias, da 133ª Zona Eleitoral, determinou que o político preste serviços comunitários e pague o valor de R$ 18 mil. Depois do trânsito em julgado do processo, o ex-governador poderá, também, perder os direitos políticos por um ano e oito meses.
Conforme consta na denúncia oferecida pelo Ministério Público Eleitoral, o político teria utilizado servidores públicos no horário de expediente para fins particulares. Além disso, o órgão diz que o tucano usou aviões da Polícia Militar e do hangar do Estado, bem como o uso indevido de serviço de co-piloto na campanha, com dinheiro do Governo.
O juiz Wilson da Silva ressaltou que “não há dúvida de que ocorreu o famigerado crime de caixa 2 na campanha do acusado Marconi Perillo”. Segundo ele, houve fraude na prestação de contas dos recibos dissimulados, o que comprometeu “a transparência, publicidade e própria democracia pública do pleito eleitoral que se exige de um candidato”.
O juiz alegou, também, que faltaram provas dos crimes de peculato, associação criminosa e fraude processual. Por isso, o tucano foi absolvido desses crimes. As investigações contra o ex-governador são as mesmas que resultaram na condenação do agora deputado federal Alcides Rodrigues a 10 anos e 10 meses de prisão em regime fechado em maio de 2019.
A pena inicial de Marconi era de 1 ano e 8 meses de prisão em regime aberto. No entanto, houve substituição e o político terá de prestar serviços comunitários durante 1h por dia pelo prazo da condenação. Ele também terá de pagar R$ 14 mil e R$ 4,2 mil de multa. A decisão cabe recurso.