Duas ex-jogadoras do time feminino do Corinthians entraram na Justiça do Trabalho contra o clube, cobrando premiações não pagas, indenização por danos morais e outras verbas trabalhistas. A atacante Fernanda e a meio-campista Ju Ferreira pedem valores expressivos, sendo R$ 241.809,76 e R$ 253.009,76, respectivamente. Os processos estão em fase inicial e ainda aguardam decisões.
As jogadoras em questão atuaram pelo Corinthians em 2023 e 2024, porém deixaram o clube sem receber integralmente as premiações referentes ao título da Conmebol Libertadores Feminina e ao vice-campeonato do Paulistão Feminino de 2024. Cada atleta teria direito a valores brutos de R$ 174.282,64 pela Libertadores e R$ 11.972,73 pelo Paulistão.
Segundo informações apresentadas nos processos judiciais, Fernanda e Ju Ferreira argumentam que foram compelidas a receber as premiações de forma parcelada, quando o correto seria o pagamento integral ao término dos contratos, sem os descontos efetuados pelo clube. As ex-jogadoras expressaram insatisfação com a proposta de parcelamento e temiam a ocorrência de atrasos, que de fato se confirmaram.
O Corinthians realizou o pagamento de apenas três parcelas das premiações, com descontos questionados pelas atletas, e deixou de quitar as parcelas subsequentes. Além disso, houve alegações de discriminação por parte do clube ao pagar premiações pendentes somente às jogadoras que permaneciam no elenco, desconsiderando aquelas que já haviam deixado a equipe.
Fernanda e Ju Ferreira buscam não só o pagamento das premiações em aberto, mas também a condenação do clube ao pagamento de indenização por danos morais decorrentes dos atrasos salariais e parciais dos prêmios. Os processos estão agendados para audiências em outubro, e o Corinthians optou por não se manifestar sobre as ações judiciais em andamento, sob a gestão do interino Osmar Stabile.
Em resumo, as ex-jogadoras do Corinthians aguardam um desfecho favorável em relação às pendências trabalhistas e acredita-se que a Justiça será responsável por julgar os casos de maneira imparcial e adequada, visando a proteção dos direitos das atletas e a garantia de uma conduta ética por parte do clube. A transparência e o cumprimento das obrigações contratuais são fundamentais para a manutenção da integridade e credibilidade do futebol feminino no Brasil.