Última atualização 08/03/2023 | 09:31
O ex-marido da maquiadora Tayná Pinheiro Duquis, de 26 anos, foi condenado a 30 anos de prisão por matar a mulher esfaqueada dentro do apartamento, em Anápolis, mais de um ano depois do crime, ocorrido no dia 5 de março do ano passado. A vítima tinha um filho de um ano de idade.
Israel Rodrigues Inácio, de 28 anos, foi condenado nesta terça-feira, 8, mas está preso desde a época do crime. A decisão, porém, pode ser recorrida, conforme a juíza Nathália Bueno Arantes da Costa.
Na decisão, a defesa de Israel afirmou que pediu o reconhecimento de legítima defesa durante o júri e, alternativamente, o reconhecimento do privilégio. O advogado alega que o crime foi praticado sob o domínio de violenta emoção, logo após uma suposta injusta provocação da vítima.
O homem matou a mulher enquanto estava em liberdade condicional por outro crime, segundo a decisão. A juíza apontou que existem elementos concretos que demonstram o caráter agressivo de Israel.
“O qual possuía comportamento reiterado na prática de agressões físicas e ameaças, porquanto tratava-se de relacionamento conturbado, pontuado por inúmeras brigas”, destacou a magistrada.
Morte e confissão
De acordo com a sentença, o exame cadavérico feito pelo Instituto Médico Legal (IML) no corpo de Tayná apontou que a jovem foi imobilizada e esfaqueada. Israel Rodrigues foi preso uma semana depois do crime. Ele confessou à Polícia Civil (PC), na época, que fugiu da cidade para não ser pego em situação de flagrante.
A versão que ele contou para a polícia foi de que houve uma briga depois que buscou a esposa em uma festa em que ela foi sem avisá-lo, um dia antes do assassinato.
O delegado que investigou o caso, Wlisses Valentim, explicou que o casal estava no apartamento quando a mulher recebeu mensagens no celular e não deixou o marido ler o conteúdo, o que motivou a discussão.
Depois de esfaquear a vítima, o suspeito foi embora do apartamento chamando um motorista de aplicativo, segundo a polícia. Em uma das brigas durante o relacionamento, a juíza contou que Israel chegou a deixar a mulher trancada em uma câmara fria da distribuidora de bebidas do qual era proprietário.