Ex-ministro Anderson Torres desembarca no Brasil e é preso ainda no aeroporto

torres

O avião que transportava o ex-ministro de Justiça, Anderson Torres, aterrissou em Brasília por volta das 7h da manhã deste sábado, 14, e ele foi preso ainda na área de imigração do aeroporto da capital federal. Ele tinha mandado em aberto desde o início da semana expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Delegado de carreira da Polícia Federal (PF), o bolsonarista está na sede da instituição prestando esclarecimentos. Ainda não foi divulgado onde ele ficará detido já que tem direito à cela especial por ser servidor público dessa força de segurança.

Ele foi o primeiro a descer da aeronave que vinha da Flórida, nos Estados Unidos, o mesmo estado onde está o ex-presidente Jair Bolsonaro. Torres havia anunciado o retorno dos Estados Unidos por meio de uma rede social, mas a demora fez o atual ministro da Justiça Flávio Dino considerar um pedido de extradição dele ao governo norte-americano. A situação se complicou ainda mais após a apreensão na casa dele de um rascunho de um pedido de estado de dedesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para reanálise dos votos na eleição para dar a vitória a Bolsonaro.

A lentidão do governo do Distrito Federal (GDF) em agir durante a invasão de prédios sede dos três Poderes resultou na intervenção federal na segurança pública e na exoneração de Torres, que era o secretário de segurança local, no último domingo, 08. Ele assumiu o cargo em 02 de janeiro e saiu de férias para o exterior no dia seguinte. O entendimento de Moraes é que ele e o governador do DF, Ibaneis Rocha, sabiam da ação dos golpistas e foram coniventes.

Desde sábado, no dia anterior ao vandalismo nos prédios sede dos Três Poderes, centenas de ônibus e carros com bolsonaristas chegaram à capital federal. As pessoas se concentraram no acampamento montado há dois meses em frente ao quartel do Exército em Brasília. O setor de inteligência do governo federal teria apontado os riscos, que teriam sido descartados pela Secretaria de Segurança do DF. O comandante da Polícia Militar local foi preso. O interventor federal designado pelo presidente Lula, Ricardo Cappelli, acredita que houve sabotagem.

Golpe

A medida de decretar o estado de defesa seria inconstitucional. A ideia era apurar suspeitas do grupo bolsonarista de abuso de poder, suspeição e medidas ilegais adotados pelo presidente do TSE, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Eles queriam a análise da conduta do integrante da Corte antes, durante e após o processo eleitoral. Bolsonaro e apoiadores acreditavam que seria possível restabelecer o que consideravam “lisura e correção da eleição”.

A Constituição prevê esse artifício somente  quando ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.

 

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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