Mandetta diz ”Brasil é um barril de pólvora. Bolsonaro quer fumar”

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou em entrevista ao portal Metrópoles que “praticamente a totalidade dos que foram fazer uma intervenção militar no Ministério da Saúde não tinham preparo para o assunto”. “Os militares não são cúmplices, são coautores”, disse.

Mandetta ainda diz que a uma relação direta e burra das ocupações militares em volta da vacinação “Há uma relação direta entre a estúpida ocupação militar [do Ministério da Saúde] e as morte causadas pelo Coronavirus que podiam ter sido evitadas, os militares não são cúmplices, são co-autores”, disse ele. ” “No episódio desse Roberto Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, eu só escuto coronel fulano, general não sei o quê. Eles são os responsáveis, sim. Eles mandaram membros da ativa do Exército para cumprir essa missão. E me parece que essa missão está eivada de vícios”disse Mandetta.

A declaração acontece em um contexto de crise entre militares e o Senado, após o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), criticar o envolvimento de membros da categoria em denúncias de irregularidades feitas à Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o gerenciamento da pandemia.

O ex-ministro viu as notas militares como uma ameaça para rebater ao presidente da CPI. Mandetta chamou a manifestação de “desproporcional e extremamente agressiva ao Senado da República. “Isso é uma ameaça. O Brasil é um barril de pólvora com álcool, palha e gasolina. Bolsonaro quer fumar. Ele diz todos os dias que não haverá eleições e que a urna não está boa. Esse é o meu exército”, disse.

O senador Aziz afirmou que “os bons das Forças Armadas devem estar muito envergonhados com algumas pessoas que hoje estão na mídia”. “Fazia muitos anos que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo, fazia muitos anos”, acrescentou ele, na quarta-feira (7).

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Daniel Silveira agradeceu a liberdade em igreja antes da nova prisão

Daniel Silveira Agradece a Liberdade em Igreja Antes da Nova Prisão

O ex-deputado Daniel Silveira teria ido a igreja agradecer a liberdade da prisão um dia antes de ser preso novamente. A informação foi dada pelo advogado Paulo Faria, que cuida do caso envolvendo o político condenado por ameaça a democracia.

“A todos que torceram pela liberdade de Daniel Silveira, saibam que ele está feliz em família. Falei com ele hoje, foi à igreja agradecer a ‘liberdade’, e vai curtir a família. Muito obrigado por tudo, e pelas orações. Falo em nome da esposa, filhas, mãe e irmã”, escreveu seu advogado nas redes sociais.

Daniel Silveira foi preso novamente na madrugada do dia 22 de dezembro, após descumprir medidas cautelares impostas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Ele havia sido solto na última sexta-feira, 22, após uma decisão que convertia a prisão em condicional após o entendimento de que ele já havia cumprido uma parcela significativa da pena.

Segundo o STF, o ex-deputado teria usado uma ida ao hospital para desrespeitar o toque de recolher, previsto para as 22h. Silveira teria ficado no local até 0h30, mas voltou para casa apenas as 2h da manhã.

“O sentenciado demonstrou, novamente, seu total desrespeito ao poder judiciário e à legislação brasileira, como fez por, ao menos, 227 (duzentas e vinte e sete) vezes em que violou e descumpriu as medidas cautelares diversas da prisão durante toda a instrução processual penal”, disse Moraes na decisão.

Daniel Silveira estava preso desde 2 de fevereiro de 2023, após ser condenado a oito anos e noves meses de prisão por ameaçar o Estado Democrático de Direito e coagir o andamento do processo, ganhando progressão de regime fechado para semiaberto.

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