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Mandetta diz ”Brasil é um barril de pólvora. Bolsonaro quer fumar”

Última atualização 10/07/2021 | 09:26

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou em entrevista ao portal Metrópoles que “praticamente a totalidade dos que foram fazer uma intervenção militar no Ministério da Saúde não tinham preparo para o assunto”. “Os militares não são cúmplices, são coautores”, disse.

Mandetta ainda diz que a uma relação direta e burra das ocupações militares em volta da vacinação “Há uma relação direta entre a estúpida ocupação militar [do Ministério da Saúde] e as morte causadas pelo Coronavirus que podiam ter sido evitadas, os militares não são cúmplices, são co-autores”, disse ele. ” “No episódio desse Roberto Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, eu só escuto coronel fulano, general não sei o quê. Eles são os responsáveis, sim. Eles mandaram membros da ativa do Exército para cumprir essa missão. E me parece que essa missão está eivada de vícios”disse Mandetta.

A declaração acontece em um contexto de crise entre militares e o Senado, após o presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), criticar o envolvimento de membros da categoria em denúncias de irregularidades feitas à Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o gerenciamento da pandemia.

O ex-ministro viu as notas militares como uma ameaça para rebater ao presidente da CPI. Mandetta chamou a manifestação de “desproporcional e extremamente agressiva ao Senado da República. “Isso é uma ameaça. O Brasil é um barril de pólvora com álcool, palha e gasolina. Bolsonaro quer fumar. Ele diz todos os dias que não haverá eleições e que a urna não está boa. Esse é o meu exército”, disse.

O senador Aziz afirmou que “os bons das Forças Armadas devem estar muito envergonhados com algumas pessoas que hoje estão na mídia”. “Fazia muitos anos que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo, fazia muitos anos”, acrescentou ele, na quarta-feira (7).