Press "Enter" to skip to content

Ex-pastor é investigado por desvio de R$ 68 milhões no Faraó dos Bitcoins

Ex-pastor da Igreja Universal do Reio de Deus (Iurd) Nei Carlos dos Santosm, de Brasília, é investigado após a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público (MPF) apreenderam documentos que comprovam sua participação em um esquema de fraude financeira milionária, por meio de criptomoedas, e crimes, como lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Segundo indícios, o ex-pastor era um dos sócios-administradores de Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como Faraó dos Bitcoins, preso em agosto pela PF no Rio. O religioso teria movimentado R$ 68 milhões com negócios encabeçados por Glaidson.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga Nei dos Santos e mais 11 ex-pastores por desvio de pelo menos R$ 3 milhões da Igreja Universal.

Faraó dos Bitcoins

Em planilhas, o ex-pastor é identificado como ”Nei”, ”Ney” e ”Nei Carlos”. Ele era uma espécie de gerente no esquema comandado por Glaidson. Cerca de 950 clientes foram recrutados por ele até novembro de 2020 para o negócio que funciona como uma pirâmide financeira.

Ao menos 21 pessoas, incluindo o ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, de 38 anos, conhecido como ”Faraó dos bitcoins”, foram indiciados pela Polícia Federal no relatório final da operação Kryptos. Glaidson foi preso no dia 25 de agosto, por suspeita de operar um esquema milionário de pirâmide financeira. Ele é investigado por cometer crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, lavagem de capitais e participação em grupo criminoso.

Segundo investigações, ele prometia um lucro de até 10% ao mês nos investimentos em criptomoedas, mas a empresa não investia em bitcoins – os lucros eram pagos aos clientes através da entrada de capital de outras pessoas atraídas pela proposta de investimentos.

Glaidson tinha como sócia a mulher, Mirelis Yoseline Diaz Zerpa, que é considerada foragida. Os dois mantinham uma casa de luxo em Cabo Frio, avaliada em R$ 9 milhões, além de outro imóvel de alto padrão, na Barra da Tijuca.

No local, foram encontrados carros de luxo e R$ 13,8 milhões em espécie e R$ 150 milhões em bitcoins. No imóvel, ainda foram apreendidas joias, relógios de alto valor e charutos cubanos