Ex-prefeito de Goiânia, Paulo Garcia morre aos 58 anos

O ex-prefeito de Goiânia, o médico Paulo Garcia (PT), morreu neste domingo (30), aos 58 anos de idade. O Partido dos Trabalhadores informou que o político estava em casa com a esposa no apartamento em que mora, no Setor Bueno, quando sofreu um infarto fulminante por volta das 4h30. O velório está marcado para às 11h, no Cemitério Jardim das Palmeiras.

“O domingo amanheceu mais triste, nosso companheiro Paulo Garcia fez sua passagem. Nossos sentimentos aos familiares, em especial a amiga Tereza Beiler, sua esposa. Que Deus possa trazer paz, sabedoria para a travessia deste momento. O PT lamenta a passagem de um de seus líderes”, diz uma nota divulgada pelo PT.

Paulo de Siqueira Garcia nasceu no dia 13 de maio de 1959. Ele era casado com a médica Tereza Beiler, o político deixou dois filhos. Natural de Goiânia, era médico neurocirurgião, formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG).

Foi eleito vice-prefeito de Goiânia no dia 5 de outubro de 2008, na chapa que reelegeu Iris Rezende para chefe do executivo municipal. Na época, a união de PMDB, PT e demais partidos da coligação garantiu a vitória no primeiro turno das eleições.

Assumiu a chefia executiva municipal no dia 1º de abril de 2010, quando o então prefeito Iris Rezende renunciou ao cargo para disputar as eleições para governador do Estado de Goiás. Em 2012 foi reeleito ao cargo de prefeito, ocupado até 2016.

Paulo Garcia foi secretário de organização do PT Municipal de Goiânia, suplente de vereador do município goianiense em 2000 e deputado estadual de Goiás de 2002 a 2006. A militância política originou-se nos movimentos da vida acadêmica na UFG e nos movimentos da área da saúde.

Luto oficial

O prefeito Iris Rezende decretou luto oficial de três dias pela morte de seu antigo vice. A agenda administrativa durante o mutirão também foi cancelada. A assessoria do prefeito divulgou nota lamentando a morte de Paulo Garcia.

“Foi com pesar e consternação que o prefeito Iris Rezende recebeu a notícia da morte do ex-prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, ocorrida na manhã deste domingo, 30, vítima de um infarto. “Neste momento de profunda tristeza, manifestamos nossa solidariedade à família e aos amigos desejando-lhes conforto em seus corações”, disse o prefeito em nota à imprensa.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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