Ex-prefeito de Itaperuçu é preso suspeito de envolvimento em fraude de
licitações públicas com contratos que somam mais de R$ 24 milhões
Conforme polícia, Nenéu Artigas, secretários municipais, agentes de licitação,
empresários e advogados manipulavam processos licitatórios para beneficiar
empresas participantes do esquema criminoso. DE tenta contato com a defesa do
ex-prefeito.
1 de 2 Nenéu Artigas, ex-prefeito de Itaperuçu, foi preso em operação que apura
fraudes em licitações públicas. — Foto: Divulgação/Prefeitura de Itaperuçu
Nenéu Artigas, ex-prefeito de Itaperuçu, foi preso em operação que apura fraudes
em licitações públicas. — Foto: Divulgação/Prefeitura de Itaperuçu
Nenéu Artigas, ex-prefeito de Itaperuçu, na Região Metropolitana de
Curitiba, foi preso nesta
sexta-feira (28) durante uma operação que apura fraudes em licitações públicas.
O DE procurou a defesa de Artigas, mas não teve resposta até a publicação desta
reportagem.
Além de Nenéu, outras três pessoas foram presas preventivamente. Uma está
foragida. O nome deles não foi divulgado.
As investigações que apuram o caso começaram em 2023 e apontaram que o prefeito
da época, secretários municipais, agentes de licitação, empresários e advogados
formavam uma organização criminosa em Itaperuçu, envolvida em crimes
licitatórios, corrupção ativa e passiva, além de falsidade ideológica.
Conforme a polícia, o grupo fraudava licitações públicas, manipulando os
processos para beneficiar empresas participantes do esquema. Para isso, criavam
editais fraudulentos e atestados técnicos falsificados. Os contratos, somados,
passam de R$ 24 milhões.
Por meio de nota, a Prefeitura de Itaperuçu afirmou que vai apurar os fatos
envolvendo servidores da gestão municipal e tomará as providências cabíveis.
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própria corporação
CONFISCO DE R$ 13 MILHÕES DE EMPRESÁRIA SUSPEITA DE ENVOLVIMENTO
2 de 2 Empresária tirava foto do dinheiro para registrar as quantias e depois o
entregava para o ex-prefeito, conforme polícia — Foto: PCPR
A polícia cumpriu também seis mandados de busca e apreensão em Rio Branco do Sul,
Itaperuçu e Pontal
do Paraná.
Além disso, a Justiça autorizou o confisco de R$ 13 milhões das contas bancárias
de uma empresária investigada e das empresas que pertencem a ela.
Segundo a polícia, o valor é fruto de contratos fraudulentos com o município de
Itaperuçu.
Conforme as investigações, após a realização dos pagamentos pelo município, a
suspeita sacava altos valores em dinheiro e se encontrava com o então prefeito.
Após sacar os valores em espécie, ela registrava a quantia por meio de fotos e a
entregava para Nenéu Artigas.
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