Ex-presidente da Câmara de Muriaé, condenado a 11 anos, deixa prisão domiciliar e vai para regime fechado
Carlos Delfim Soares Ribeiro foi condenado por lavagem de dinheiro e associação criminosa. A medida faz parte da sétima fase da Operação Catarse, deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
O ex-vereador e ex-presidente da Câmara de Muriaé, Carlos Delfim Soares Ribeiro, condenado a 11 anos e 3 meses de reclusão por lavagem de dinheiro e associação criminosa, foi transferido para o regime fechado, após cumprir parte da pena em prisão domiciliar.
A medida faz parte de uma decisão judicial e da sétima fase da ‘Operação Catarse’, deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
A investigação de práticas ilícitas foi iniciada em 2021 e já resultou em diversas prisões e apreensões, incluindo ações contra vereadores, empresários e empresas envolvidas em práticas.
Segundo o órgão, o parlamentar utilizava o nome da esposa e do assessor para “esconder” o patrimônio dele, decorrente dos crimes de corrupção, concussão e peculato, por meio de veículos, maquinários e outros bens em nome de terceiros, além de empresas em nome de “laranjas”.
A reportagem tenta localizar o contato da defesa de Carlos Delfim Soares Ribeiro.
OPERAÇÃO ‘CATARSE’
Conforme promotor de Justiça Breno Costa da Silva Coelho, a operação já cumpriu 62 mandados de busca e apreensão, além de quatro mandados de prisão preventiva e dois mandados de prisão temporária. Também foram cumpridos mandados de afastamento de cargos públicos e de proibição de contratação com o poder público.
O Diário do Estado traz em suas investigações fases detalhadas da Operação Catarse, com a 1ª FASE identificando um dano de mais de R$ 12 milhões ao patrimônio público na Zona da Mata. Em seguida, a 2ª FASE foi marcada pelo Gaeco deflagrando uma ação de combate à corrupção em Muriaé. Já na 3ª FASE, o diretor contábil e financeiro da Câmara de Muriaé foi alvo das investigações. Vereadores foram alvos na 4ª FASE, com quase R$ 400 mil apreendidos. O ex-presidente da Câmara de Muriaé teve pedido de prisão preventiva na 5ª FASE, e com quase 180 processos, ex-vereador em MG foi condenado a 11 anos na 6ª FASE por lavagem de dinheiro e associação criminosa.