Ex-presidente da Câmara e ex-secretário de saúde são indiciados em Inhumas

A Polícia Civil de Inhumas indiciou o ex-presidente da Câmara dos vereadores da cidade, Célio Feliciano, o ex-secretário municipal de saúde, Carlos André Vila Verde Alvares Da Silva e o eletricista Rodrigo Rosa Leme Da Silva por peculato após a investigação demonstrar que os indiciados subtraíram aparelhos de ar condicionado de propriedade do município.

De acordo com as investigações, a Secretaria de Saúde de Inhumas adquiriu no ano passado 22 equipamentos para serem instalados nos postos de saúde. Mas a investigação e provas apontam que no mês de outubro de 2016 houve a subtração de 5 (cinco) desses produtos que estavam guardados em uma sala no Cais Municipal.

No relatório final, o delegado Humberto Teófilo ressalta que “o quadro fático produzido nesta fase pré-processual demonstra que o eletricista Rodrigo, responsável pela manutenção dos equipamentos e cunhado do ex- secretário de saúde, foi o responsável pela subtração dos eletrodomésticos que contou com o auxílio de Célio e Carlos André”.

Ele ainda pontuou “a triste realidade da saúde pública presenciada cotidianamente em nosso país, principalmente, nos finais de cada gestão. Unidades de saúde com péssimo atendimento, insuficiência de medicamentos, muitos profissionais desqualificados, pessoas morrendo na fila, tudo isso em razão da má – administração financeira”.

*Com informações da assessoria de imprensa da Polícia Civil

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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