Ex-presidente da DE é preso por irregularidades em contrato de R$27 milhões em Goiás: prejuízo de R$10,4 milhões aos cofres públicos

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O ex-presidente da DE, Lucas Vissotto, foi preso em uma operação que investiga irregularidades em um contrato de R$ 27 milhões para reforma de prédios públicos em Goiás, conforme o delegado Danilo de Souza. Estima-se que os pagamentos indevidos tenham causado um prejuízo de R$ 10,4 milhões aos cofres públicos.

A operação cumpre mandados em Goiânia, Anápolis e no Distrito Federal. Conforme a Polícia Civil, o contrato previa serviços de reforma e manutenção em 26 prédios públicos, como postos da Polícia Rodoviária Militar Estadual e instalações no Palácio Pedro Ludovico Teixeira.

Durante a execução, o acordo foi modificado para obras de construção predial, conforme a Polícia Civil. A investigação aponta também que houve pagamentos antecipados indevidos, superfaturamento e demolições injustificadas para justificar notas fiscais fraudulentas.

As irregularidades chegaram ao conhecimento das autoridades policiais por meio de relatórios técnicos e inspeções realizadas pela Gerência de Inspeções da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra), pela Controladoria Geral do Estado (CGE) e pela Gerência Estratégica da Polícia Civil na Seinfra. Os suspeitos podem responder por crimes como associação criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraudes.

Conforme a Polícia Civil, a DE também tinha planejado um contrato no valor de R$ 271,8 milhões, que seria gerido pelos mesmos investigados envolvidos no caso atual. No entanto, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) identificou irregularidades e bloqueou o contrato em abril de 2024.

A investigação aponta a suspeita de que ocorria um esquema planejado dentro da DE para transferir processos de contratação de uma diretoria para outra, de forma intencional e irregular, violando leis ou regulamentos. O objetivo dessa manobra, conforme a Polícia Civil, seria favorecer determinadas empresas contratadas e os agentes públicos envolvidos. Essa prática pode ter permitido contratos ou pagamentos indevidos, beneficiando diretamente os suspeitos.

A investigação também apontou fortes indícios de lavagem de dinheiro. O dinheiro obtido por meio de pagamentos irregulares à empresa contratada estava sendo desviado para outras empresas no Distrito Federal, todas com vínculos com familiares e amigos do “sócio oculto” da contratada.

Conforme a Polícia Civil, a empresa contratada também já havia sido investigada em Tocantins, onde foi identificada fraude em contratos, como superfaturamento e inexecução de obras. Além disso, a empresa enfrenta processos no Distrito Federal relacionados a problemas comerciais e à “Desconsideração da Personalidade Jurídica”, o que reforça sua inidoneidade para contratar com o poder público.

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