Ex-presidente da Petrobras e BB é preso na Lava Jato

A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quinta-feira (27) o ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil Aldemar Bendine, como parte de uma nova fase da operação Lava Jato.

Bendine é suspeito de ter recebido propina da Odebrecht.

Outras três pessoas foram presas na operação realizada em Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo, segundo informou a PF em um comunicado.

“A ação policial tem como alvo principal a investigação do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, bem como de pessoas a ele associadas, pela prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, dentre outros”, indica.

O grupo teria recebido “ao menos 3 milhões de reais”, em pagamentos que “só foram interrompidos com a prisão do então presidente da Odebrecht”, Marcelo Odebrecht, em junho de 2015, segundo o documento.

Bendine dirigiu o Banco do Brasil de 2009 a 2015 e presidiu a Petrobras desde fevereiro de 2015 até maio de 2016.

A Operação Lava Jato revelou a existência de um enorme esquema de pagamento de propinas de grandes construtoras a políticos e partidos para obter contratos com a Petrobras.

Dezenas de dirigentes e quase todo o arco político e empresários foram condenados ou são investigados desde o início da investigação, em março de 2014.

As informações são da Agência AFP

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Lula impõe veto ao indulto de Natal para condenados do 8 de janeiro

Lula Impõe Veto ao Indulto de Natal para Condenados do 8 de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou o indulto de Natal para os condenados pelos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, marcando o segundo ano consecutivo em que o benefício é negado aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. O anúncio foi feito na noite de 23 de dezembro, um dia antes da véspera de Natal, destacando a firmeza do governo em lidar com esses crimes.

Além disso, o indulto não será concedido a condenados por abuso de autoridade e crimes contra a administração pública, como peculato e corrupção passiva. O decreto também exclui aqueles condenados por crimes hediondos, tortura e violência contra a mulher, crianças e adolescentes. Integrantes de organizações criminosas, condenados em regimes disciplinares diferenciados e aqueles que fizeram acordos de colaboração premiada também estão fora do benefício.

Por outro lado, o indulto será concedido a gestantes com gravidez de alto risco, comprovada por laudo médico. Mães e avós condenadas por crimes sem grave ameaça ou violência também terão direito ao benefício, desde que comprovem ser essenciais para o cuidado de crianças até 12 anos com deficiência.

Saúde e condições especiais

O decreto prevê o perdão da pena para pessoas infectadas com HIV em estágio terminal, ou aquelas com doenças graves crônicas sem possibilidade de atendimento na unidade prisional. Pessoas paraplégicas, tetraplégicas, cegas e portadoras do espectro autista em grau severo também serão beneficiadas.

Este decreto reforça a posição do governo em relação aos atos antidemocráticos e crimes graves, enquanto oferece alívio a grupos vulneráveis. As pessoas contempladas pelo benefício terão, na prática, o perdão da pena e o direito à liberdade.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp