Ex-presidente da Petrobras e BB é preso na Lava Jato

A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quinta-feira (27) o ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil Aldemar Bendine, como parte de uma nova fase da operação Lava Jato.

Bendine é suspeito de ter recebido propina da Odebrecht.

Outras três pessoas foram presas na operação realizada em Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo, segundo informou a PF em um comunicado.

“A ação policial tem como alvo principal a investigação do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, bem como de pessoas a ele associadas, pela prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, dentre outros”, indica.

O grupo teria recebido “ao menos 3 milhões de reais”, em pagamentos que “só foram interrompidos com a prisão do então presidente da Odebrecht”, Marcelo Odebrecht, em junho de 2015, segundo o documento.

Bendine dirigiu o Banco do Brasil de 2009 a 2015 e presidiu a Petrobras desde fevereiro de 2015 até maio de 2016.

A Operação Lava Jato revelou a existência de um enorme esquema de pagamento de propinas de grandes construtoras a políticos e partidos para obter contratos com a Petrobras.

Dezenas de dirigentes e quase todo o arco político e empresários foram condenados ou são investigados desde o início da investigação, em março de 2014.

As informações são da Agência AFP

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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