Ex-presidente uruguaio José “Pepe” Mujica revela que está com tumor de esôfago

Aos 83 anos, ex-presidente uruguaio comunicou situação em entrevista

O ex-presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica, anunciou em uma coletiva de imprensa, nesta segunda-feira, 29, que foi diagnosticado com um tumor de esôfago. Aos 88 anos, Mujica informou que recebeu o diagnóstico durante um check-up realizado na última sexta-feira, 26.

Em suas declarações, Mujica compartilhou que enfrentará um desafio complexo devido a uma doença imunológica que possui há mais de duas décadas, afetando seus rins e complicando possíveis tratamentos como quimioterapia e cirurgia. No entanto, o ex-presidente afirmou que continuará ativo em suas atividades militantes, mantendo-se fiel aos seus princípios e interesses pessoais, como seu envolvimento com plantações e criação de animais.

“Vou continuar militando com meus companheiros, fiel à minha maneira de pensar e entretido com meus legumes, com minhas galinhas”, assegurou Mujica, enfatizando sua determinação em permanecer ativo enquanto for possível.

Ao abordar a importância da vida e da resiliência, Mujica expressou sua mensagem de otimismo, incentivando a transformação da raiva em esperança e a disposição para recomeçar mesmo diante das adversidades. Embora tenha compartilhado sua situação de saúde, Mujica ressaltou que não é especialista médico e evitou comentar sobre detalhes do tratamento que será realizado.

José “Pepe” Mujica é conhecido por seu papel como guerrilheiro nos anos 1970, sua prisão de 1972 a 1984 e sua subsequente ascensão política como presidente do Uruguai de 2010 a 2015. Durante seu mandato, ele se destacou por uma agenda progressista, incluindo políticas sociais avançadas, como o apoio ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e a regulamentação da maconha.

 

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Pobreza na Argentina caiu para menos de 40%, aponta governo

Pobreza na Argentina: Desafios e Dados

O índice de pobreza na Argentina caiu para 38,9% no terceiro trimestre deste ano, enquanto a pobreza extrema, ou indigência, recuou para 8,6%, conforme estimativa do Conselho Nacional de Coordenação de Políticas Sociais (CNCPS), divulgado nesta quinta-feira, 19. A medição oficial do Indec, que ocorre semestralmente, havia apontado 52,9% de pobreza na primeira metade do ano.

O governo atribui essa redução às políticas econômicas implementadas para controlar a inflação e estabilizar a economia, além de um foco maior nas transferências de recursos diretamente para os setores mais vulneráveis, sem a intermediação de terceiros. No início da gestão de Javier Milei, metade dos recursos destinados à população em situação de vulnerabilidade era distribuída por meio de intermediários.

Embora os números absolutos variem, especialistas concordam que os indicadores de pobreza estão em declínio. Martín Rozada, da Universidade Torcuato Di Tella, calculou que, se a tendência continuar, a taxa de pobreza pode se situar em torno de 40% até o final do ano, com a indigência em cerca de 11%.

Agustín Salvia, do Observatório da Dívida Social da UCA, apontou que a redução da pobreza foi impulsionada pela desaceleração dos preços e pelo aumento do poder de compra da renda laboral das classes médias, com a indigência caindo de 10% para 8,5% entre 2023 e 2024.

Leopoldo Tornarolli, da Universidade de La Plata, também previu que a pobreza em 2024 pode terminar abaixo dos níveis de 2023, devido à queda expressiva no primeiro semestre do ano.

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