Ex-presidente uruguaio José “Pepe” Mujica revela que está com tumor de esôfago

Aos 83 anos, ex-presidente uruguaio comunicou situação em entrevista

O ex-presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica, anunciou em uma coletiva de imprensa, nesta segunda-feira, 29, que foi diagnosticado com um tumor de esôfago. Aos 88 anos, Mujica informou que recebeu o diagnóstico durante um check-up realizado na última sexta-feira, 26.

Em suas declarações, Mujica compartilhou que enfrentará um desafio complexo devido a uma doença imunológica que possui há mais de duas décadas, afetando seus rins e complicando possíveis tratamentos como quimioterapia e cirurgia. No entanto, o ex-presidente afirmou que continuará ativo em suas atividades militantes, mantendo-se fiel aos seus princípios e interesses pessoais, como seu envolvimento com plantações e criação de animais.

“Vou continuar militando com meus companheiros, fiel à minha maneira de pensar e entretido com meus legumes, com minhas galinhas”, assegurou Mujica, enfatizando sua determinação em permanecer ativo enquanto for possível.

Ao abordar a importância da vida e da resiliência, Mujica expressou sua mensagem de otimismo, incentivando a transformação da raiva em esperança e a disposição para recomeçar mesmo diante das adversidades. Embora tenha compartilhado sua situação de saúde, Mujica ressaltou que não é especialista médico e evitou comentar sobre detalhes do tratamento que será realizado.

José “Pepe” Mujica é conhecido por seu papel como guerrilheiro nos anos 1970, sua prisão de 1972 a 1984 e sua subsequente ascensão política como presidente do Uruguai de 2010 a 2015. Durante seu mandato, ele se destacou por uma agenda progressista, incluindo políticas sociais avançadas, como o apoio ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e a regulamentação da maconha.

 

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Moro e Zelensky: apoio à Ucrânia e críticas a Lula

Moro e Zelensky: Apoio à Ucrânia e Críticas a Lula

Em um encontro significativo em Kiev, o senador Sérgio Moro se reuniu com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, no dia 29 de novembro de 2024. Este encontro ocorreu durante a conferência ‘Ucrânia e os Países da América Latina e do Caribe: Cooperação para o Futuro’, que aconteceu entre os dias 29 de novembro e 1º de dezembro.

Zelensky agradeceu a presença da delegação brasileira, composta pelos senadores Sérgio Moro, Damares Alves, Magno Malta e o deputado federal Paulo Bilynskyj. “Sei que o povo do Brasil está ao nosso lado”, afirmou Zelensky, enfatizando a importância do apoio internacional na defesa da soberania ucraniana.

Durante o encontro, Moro criticou a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a guerra na Ucrânia. Moro expressou que a abordagem diplomática de Lula, focada em soluções pacíficas e negociações internacionais, não reflete o sentimento de apoio da população brasileira à Ucrânia. “A posição de Lula não nos representa”, disse Moro, reforçando seu apoio direto à causa ucraniana.

Zelensky também criticou o documento final da Cúpula do G20, destacando sua insatisfação com a ausência de uma posição mais firme em relação à guerra na Ucrânia. A conferência serviu como um espaço de diálogo sobre o papel dos países da América Latina e do Caribe no apoio à Ucrânia, destacando a necessidade de cooperação mútua.

A visita da delegação brasileira à Ucrânia evidenciou uma divisão interna na política externa do Brasil. Enquanto o governo de Lula adota uma postura cautelosa e neutra, buscando mediar o conflito, parlamentares como Moro reforçam um apoio mais direto à Ucrânia. Essa divergência tem gerado debates tanto no Brasil quanto no cenário internacional.

Em setembro, Zelensky já havia criticado publicamente a proposta de pacificação defendida pelo governo brasileiro, alinhada a países como a China. Para o presidente ucraniano, essas iniciativas não oferecem uma solução justa para o conflito.

A presença dos parlamentares brasileiros na conferência em Kiev demonstra a disposição do Brasil em dialogar e construir pontes com a Ucrânia. “O apoio internacional é essencial para garantir a paz e a segurança no mundo”, afirmou Zelensky, encerrando o encontro com um tom de otimismo sobre o futuro das relações entre Ucrânia e Brasil.

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