Ex-procuradora-geral da Venezuela irá a Brasília

A ex-procuradora-geral da Venezuela Luisa Ortega participa nesta quarta-feira (23) da 22ª Reunião Especializada de Ministérios Públicos do Mercosul, em Brasília. Ela participa do evento a convite da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Ortega estava desde a última sexta-feira (18) em Bogotá, após ter sido destituída do cargo pela Assembleia Nacional Constituinte do seu país. O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse que a ex-procuradora-geral está “sob proteção do governo da Colômbia” e indicou que daria asilo a ela se o pedido for feito.

Ortega Díaz foi destituída do cargo no dia 5 de agosto por “atos imorais”. Antes aliada do chavismo, ela se tornou uma das principais críticas de Maduro após a convocação da eleição da assembleia e se tornou inimiga do governo.

A ex-procuradora-geral atribuiu a “perseguição sistemática” do governo de Nicolás Maduro a ela e aos funcionários do Ministério Público à investigação do escândalo de pagamento de propina da construtora brasileira Odebrecht em vários países da região. O marido de Ortega, o deputado Germán Ferrer, é alvo de uma ordem de captura após ter sido acusado de ser parte de um esquema de extorsão dentro do Ministério Público.

Fonte: Agência Brasil

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Avião da Embraer pode ter sido abatido por sistema de defesa russo, indicam fontes

O acidente com o avião da Azerbaijan Airlines que deixou 38 mortos na última quarta-feira pode ter sido causado por um sistema de defesa aérea russo, segundo informações obtidas pela agência Reuters. A suspeita foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens mostrando coletes salva-vidas perfurados. Especialistas em aviação e militares corroboraram a análise, e até mesmo a mídia russa considerou a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano.

Enquanto isso, as autoridades russas e do Cazaquistão pedem cautela. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que especulações sobre as causas são prematuras, e o presidente do Senado do Cazaquistão, Mäulen Äşimbaev, reforçou que a investigação está em andamento, garantindo transparência nos resultados.

O avião, que partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia, desviou significativamente de sua rota antes de cair no Cazaquistão. A companhia aérea inicialmente sugeriu que o acidente poderia ter sido causado por colisão com aves, mas especialistas descartaram essa hipótese. Serik Mukhtybayev, especialista cazaque, e o brasileiro Lito Sousa destacaram que os danos nos destroços apontam para uma causa externa, possivelmente relacionada a um ataque.

Relatos e análises reforçam a teoria de que o avião foi atingido por um míssil. Um piloto militar francês, sob anonimato, afirmou que os danos na cauda são consistentes com explosões de estilhaços. O blogueiro russo Yuri Podolyaka também mencionou sinais típicos de sistemas antiaéreos.

Dados do site Flightradar24 mostram que o avião enfrentou interferências de GPS antes do acidente, algo já atribuído à Rússia em ocasiões anteriores. A Chechênia, destino final do voo, havia sido alvo de ataques com drones no mesmo período, segundo informações locais.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, evitou especular, atribuindo o desvio de rota ao mau tempo. A caixa-preta do avião foi recuperada e será analisada para determinar a causa do acidente. Das 67 pessoas a bordo, 29 sobreviveram, sendo que 11 permanecem em estado grave.

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