Após ser citada no escândalo da ‘máfia dos falsos taxistas’, servidora do Ministério Público é exonerada no Maranhão. Mariana Lucena Sousa Santos, que era servidora do Ministério Público em São Luís, foi citada no esquema revelado no último domingo. Em entrevista, ela afirmou que ‘herdou’ o alvará do pai, que era taxista.
A servidora Mariana Lucena Sousa Santos foi exonerada do Ministério Público do Maranhão (MP-MA). A ex servidora era assessora da Subprocuradoria Geral de Justiça do Maranhão em São Luís. Com o uso da placa especial após a aquisição do veículo em 2023, teria deixado de pagar R$ 13,073,36 em impostos como IPVA e ICMS.
De acordo com a ex-servidora pública, a utilização do alvará era algo que ela desconhecia ser incorreto antes da revelação do escândalo. Logo após ser questionada pela equipe do Fantástico, Mariana Lucena pagou os impostos que havia sonegado.
O Ministério Público informou que está conduzindo uma investigação interna para identificar outros envolvidos no esquema fraudulento. Caso sejam constatadas outras irregularidades, os responsáveis serão acionados, inclusive criminalmente.
O governador do Maranhão, Carlos Brandão, afastou o comandante da Polícia Militar do estado. O afastamento acontece para permitir a conclusão das apurações de forma isenta. Em substituição, ficará o coronel Pitágoras Mendes Nunes.
O esquema desvendado envolve pessoas que se passavam por taxistas para comprar carros novos com descontos de até R$ 20 mil. As investigações revelaram que cerca de 35% dos veículos adquiridos com isenção de impostos apresentaram indícios de fraude no emplacamento.
As autoridades ressaltam que as punições aos envolvidos, que incluem policiais militares e servidores públicos, devem ser rigorosas. O Ministério Público estimou que os envolvidos deixaram de pagar aproximadamente R$ 40 milhões em impostos de forma ilegal.
“Além do crime tributário, propriamente, nós temos crimes contra a administração pública, possivelmente crimes de lavagem de dinheiro e corrupção passiva”, explicou o procurador. As investigações continuarão para esclarecer como os alvarás foram emitidos para pessoas que não desempenham a função de taxistas, em diversos municípios do estado do Maranhão.