Ex-sogra e companheira condenadas por sequestro, morte e ocultação de jovem em SC: detalhes do crime brutal em Braço do Norte

ex-sogra-e-companheira-condenadas-por-sequestro2C-morte-e-ocultacao-de-jovem-em-sc3A-detalhes-do-crime-brutal-em-braco-do-norte

Ex-sogra e atual namorada do ex são condenadas por sequestrar, matar e enterrar jovem em SC

Jéssica Elias da Rosa, de 23 anos, foi mantida em cativeiro na casa da ex-sogra antes de ser morta e enterrada em Braço do Norte, no sul do estado.

Jéssica Elias da Rosa foi sequestrada, morta e enterrada em 2023 — Foto: Redes sociais/ Reprodução

A ex-sogra de Jéssica Elias da Rosa e a atual esposa do ex-companheiro dela foram condenadas por sequestrar, matar e enterrar o corpo da jovem de 23 anos em Braço do Norte, no Sul de Santa Catarina, informou o Ministério Público nesta sexta-feira (23).

Conforme o órgão, a ex-sogra vai cumprir pena de 29 anos, 5 meses e 10 dias de prisão em regime inicial fechado. Já a nora, 25 anos e oito meses. O processo tramita em segredo de justiça.

O julgamento ocorreu na quinta-feira (22) e durou 19 horas. As rés já estavam presas preventivamente e tiveram negado o direito de recorrer em liberdade. Elas foram condenadas pelos seguintes crimes:

– Sequestro e cárcere privado qualificado;
– homicídio qualificado (por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima);
– ocultação de cadáver (duas vezes).

Jéssica Elias da Rosa desapareceu em 21 de janeiro de 2023, dia em que o filho da vítima fazia aniversário, quando foi sequestrada. A família foi acordada pela filha mais nova da jovem, que percebeu a ausência da mãe.

Somente dois meses depois, o corpo foi localizado enterrado em uma área de mata fechada no interior de Braço do Norte. As investigações revelaram que ela foi sequestrada, intensamente agredida e morta pela ex-sogra e pela atual mulher do seu ex-companheiro.

Dois homens envolvidos na morte de Jéssica já tinham sido condenados antes: o companheiro e o filho da ex-sogra da vítima. O julgamento ocorreu em 18 de outubro de 2024.

Os promotores sustentaram que o crime começou em 21 de janeiro de 2023, quando as duas rés se passaram pelo companheiro da ex-sogra da vítima. Através do perfil dele em uma rede social, entraram em contato com Jéssica alegando ter uma carta para entregar a ela, enviada por seu ex-companheiro, que está preso.

Naquela madrugada, a vítima foi ao encontro do suposto remetente para receber o recado. Ao se aproximar do local combinado, percebeu a presença da ex-sogra e da atual companheira do seu ex e, desconfiada, tentou evitar o contato.

Ela foi perseguida pelos réus, que jogaram o carro contra a bicicleta em que ela estava, forçando a parada. Em seguida, a vítima foi colocada à força no veículo. Diversos detalhes do crime foram esclarecidos durante o julgamento, que evidenciou a crueldade dos atos praticados pelas condenadas.

Nos dias seguintes, a vítima foi mantida em cativeiro na casa da ex-sogra, onde foi submetida a agressões frequentes, sendo mantida amarrada e amordaçada, conforme o MP. Ela também foi transportada por diferentes cidades da região – às vezes amarrada, às vezes, dentro do porta-malas do carro.

Na segunda-feira seguinte, após uma nova agressão vinda das duas rés, a vítima ficou em estado agonizante e foi asfixiada pelo então companheiro da ex-sogra, levando a sua morte. O corpo foi enterrado no mesmo dia em um sítio no interior de Braço do Norte. A brutalidade do crime chocou a população local e as autoridades, que se empenharam na resolução do caso.

Sete dias depois, temendo que o corpo fosse localizado, os três autores do crime, agora também acompanhados pelo outro filho da ex-sogra, desenterraram o corpo e o ocultaram novamente em uma área de mata fechada na mesma localidade. A descoberta do cadáver só foi possível graças às informações fornecidas pelo companheiro da ex-sogra, que colaborou com a polícia.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp