Ex-vereadora no Paraná condenada por 8 crimes de falsificação; veja detalhes da sentença

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Ex-vereadora que falsificou listas de crianças em vulnerabilidade social no Paraná foi condenada por 8 crimes; veja quais

Em um caso que chocou o Paraná, a ex-vereadora de São Miguel do Iguaçu, Flávia Dartora, foi condenada por oito crimes relacionados à falsificação de listas de crianças em situação de vulnerabilidade social. Segundo informações do Ministério Público do Paraná (MP-PR), os desvios de mais de R$ 120 mil foram apenas parte do esquema criminoso que envolveu a ex-parlamentar, seu marido e mais quatro pessoas, todos condenados por crimes como organização criminosa, associação criminosa, falsidade ideológica, peculato, fraude a licitação, lavagem de dinheiro, coação no curso do processo e uso de documento falso.

As penas aplicadas aos envolvidos refletem a gravidade dos atos cometidos. Flávia Dartora foi condenada a 18 anos, 2 meses e 12 dias de prisão, com seu marido recebendo uma pena de 17 anos, 2 meses e 20 dias, ambos em regime inicial fechado. Outras quatro pessoas tiveram penas diferentes, sendo a mais alta de 16 anos, 1 mês e 12 dias, com a possibilidade de regime aberto diferenciado com restrições devido à colaboração premiada. Além das penas privativas de liberdade, todos os condenados terão que pagar multas e indenizações por danos morais.

A operação que desvendou esse esquema criminoso, conhecida como Operação WO, teve um papel fundamental na denúncia e condenação dos envolvidos. A fraude que desviou mais de R$ 120 mil em 2019 revelou a atuação da ex-vereadora e seu marido em empresas de fachada, utilizando laranjas para administração dos negócios e apropriação indevida de recursos públicos através de fraudes em licitações. O MP destacou que uma das empresas contratadas prestava serviços assistenciais a crianças em vulnerabilidade social, com valores inflados através de listas falsificadas.

A condenação obtida a partir dessa investigação é a primeira conquistada judicialmente pelo Ministério Público, que ainda possui outras ações penais em tramitação relacionadas ao enriquecimento ilícito dos envolvidos. O MP apurou que o dinheiro desviado era repassado ao casal em espécie, sendo utilizado para pagar despesas pessoais que não condiziam com a realidade financeira dos envolvidos. O uso de empresas de fachada e laranjas para encobrir as atividades ilícitas foi uma estratégia adotada pelos condenados.

A importância dos resultados da Operação WO e das condenações obtidas ressalta a atuação firme do Ministério Público no combate à corrupção e desvio de recursos públicos. A punição exemplar aos envolvidos demonstra a seriedade das investigações e o compromisso com a ética e a transparência na gestão pública. A sociedade paranaense espera que casos como esse sirvam de alerta para a necessidade de fiscalização e combate efetivo a práticas ilícitas que prejudicam a população. A justiça foi feita, e aqueles que tentam se beneficiar de forma indevida serão responsabilizados pelos seus atos perante a lei.

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