Ex-vice presidente do PL de São Paulo é acusado de estuprar filha e netas

Ex-vice presidente do PL de São Paulo é acusado de estuprar filha e netas

Cíntia Renata Lira da Silva, de 42 anos, usou as redes sociais para denunciar o pai, José Renato da Silva, ex-vice presidente do Partido Liberal (PL) de São Paulo, por abuso sexual. A secretária municipal de Administração de Suzano (SP) o acusou de ter cometido estupros contra ela e as filhas dela, netas do agressor.

Cíntia Renata Lira da Silva, ao lado dela, as filhas, vítimas do abuso. Também na foto estão os filhos dela.

O crime foi denunciado em 12 de abril deste ano. No entanto, Cíntia disse só ter se sentido pronta para expor os abusos nesta quarta-feira, 6. O caso foi registrado na Delegacia da Mulher de Suzano e segue em segredo de Justiça.

Na publicação, Cintia conta que os abusos começaram quando ela tinha 6 anos de idade, após o pai a convidá-la para tomar um banho com ele. Em função do trauma, ela apagou sete anos da vida dela e grande parte da infância.

“É como se eu tivesse dormido com 6 e acordado com 13 anos. Não tenho lembranças deste período; nem boas, nem ruins”, relatou Cintia.

Ainda segundo a secretária, durante anos ela acreditou que poderia esquecer, até o dia em que descobriu que o José tinha abusado das duas filhas dela, netas dele. Na época em que os abusos começaram as meninas tinham 6 e 7 anos. O crime se estendeu por nove anos, segundo Cintia.

Apesar do processo correr em sigilo de Justiça, Cintia afirmou que não se calar.

“ Falar e falar. Não se calar. Não fingir. Não guardar mais esse segredo”, escreveu Cintia.

José Renato da Silva foi presidente da Câmara Municipal de Suzano, entre 1993 e 1994, além de ter ocupado a cadeira de vice-presidente do PL em São Paulo. A legenda é comandada nacionalmente por Valdemar Costa. Jose Renato trabalhou no gabinete da liderança do PL na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), mas foi demitido após conhecimento da denúncia, em abril.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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