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Ex-volante do Vila Nova não comparece a CPI da Manipulação no Futebol

Última atualização 13/06/2023 | 17:49

O ex-volante do Vila Nova, Marcos Vinicius Alves Bezerra, conhecido como Romário, não compareceu para prestar depoimento na audiência da CPI da Manipulação no Futebol em Brasília na tarde desta terça-feira, 13. A defesa de Romário relatou que o jogador está passando por dificuldades financeiras.

De acordo com o advogado dele, Odair de Meneses, o atleta está sem trabalho desde que as denúncias de manipulação dos resultados vieram à tona e não tem dinheiro para ir até Brasília. A defesa teria entrado com um requerimento na manhã desta terça pedindo para que a audiência fosse por videoconferência. No entanto, até o horário de reunião, não havia retorno.

“Nós tivemos contato com o gabinete e eles disseram que iriam deliberar sobre essa questão, se o ouviriam por videoconferência ou se a própria Câmara arcaria com as despesas de transporte para ele se deslocar para Brasília, e a gente está aguardando essa deliberação”, revelou o advogado.

A defesa do jogador afirmou ainda que tem prestado assistência jurídica para Romário sem cobrar por isso, uma vez que o jogador não se encontra sem condições de arcar com os honorários.

Conforme relatado pela Câmara Federal, o status oficial de Romário na audiência é de “não localizado”. Além do jogador, outros dois dos setes convocados também não compareceram. São eles: Eduardo Baurmann, que conseguiu um habeas corpus junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o desobriga de comparar para falar à CPI – mas que também está com status de “não localizado” -, e Júlio César Motta, presidente da Comissão de Arbitragem de Goiás, que tem status na audiência da CPI de “ausência justificada”.

CPI

No dia 17 de maio, a CPI para investigar a manipulação de resultados em partidas de futebol foi instalada pela Câmara Federal. A comissão terá um prazo de 120 dias para conduzir a investigação, que foi instituída em meio a uma operação policial que está apurando um esquema de fraudes no Campeonato Brasileiro e em torneios estaduais.

A instauração da CPI ocorreu após o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) receber a denúncia do Ministério Público (MP) contra 16 pessoas acusadas de envolvimento na manipulação de resultados de jogos.

De acordo com o MP, a manipulação teria ocorrido em 13 partidas de futebol, sendo oito da Série A do Campeonato Brasileiro de 2022, uma da Série B do mesmo ano, e quatro de campeonatos estaduais realizados em 2023.

O deputado Daniel Agrobom (PL-GO), 2º vice-presidente da CPI, afirmou que, no final de maio, em audiência da CPI, a apresentação do representante do Ministério Público apontou que “trata-se de uma organização criminosa com tarefas bem definidas, que contava com núcleo de apostadores, núcleo de investidores e núcleo de intermediadores”.