Ex-zagueira sueca revela ter sido obrigado a mostrar genitálias para provar ser mulher

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A ex-zagueira da seleção da Suécia, Nilla Fischer, revelou através de uma biografia ter passado por momentos humilhantes durante a Copa do Mundo Feminina em 2011. De acordo com a atleta, ela e outras jogadoras foram obrigadas a mostrar as genitálias para comprovarem que eram mulheres. A ordem teria vindo da Fifa após a polêmica envolvendo homens na Guiné Equatorial naquele mesmo ano. 

A biografia, intitulada ‘Jag sa inte ens hälften‘ (‘Eu não disse a metade’, em tradução livre), foi lançada na última semana. Nilla relata diversos casos de constrangimento durante o Mundial na Alemanha. Para a ex-jogadora, a experiência de mostrar a genitálias foi muito “desagradável” e “humilhante”.

“Quando soube da exigência chocante, fiquei furiosa. Em meio a uma Copa do Mundo, a Fifa quer que mostremos nossas genitálias […] Eles pediram para não rasparmos ‘lá embaixo’ nos próximos dias e que mostraríamos nossa genitália ao médico. Porque somos forçados a fazer isso agora? Deve haver outras maneiras de provar o gênero? Devemos recusar? Mas, ao mesmo tempo, ninguém queria arriscar a oportunidade de jogar uma Copa do Mundo”, acrescentou Fischer.

O médico da seleção sueca que atendeu as jogadoras na época, Mats Börjesson, confirmou a realização dos exames. No entanto, afirmou que não possuía nenhum tipo de intenção maliciosa e ressaltou que a consulta foi realizada por um fisioterapeuta, enquanto ele estava de costa.

Ao jornal “Aftonbladet”, Börjesson contou que a Fifa não fez as mulheres passarem por tal constrangimento por má fé. “O esporte tem procurado fazer justiça às meninas, para que não seja necessário você se deparar com algo que é uma vantagem absurda”, afirmou.

A Copa do Mundo Feminina de 2011 aconteceu entre os dias 26 de junho a 17 de julho na Alemanha. O país campeão do ano foi o Japão.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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