A Polícia Civil do Rio de Janeiro está utilizando um exame balístico para identificar se o tiro que tirou a vida do office boy Herus Guimarães Mendes, de 23 anos, na Zona Sul da cidade, partiu das armas dos policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope). O projétil retirado do corpo da vítima será confrontado com as armas apresentadas por um grupo de 12 PMs na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), com o objetivo de esclarecer os fatos.
Durante uma ação no Morro Santo Amaro, no Catete, a polícia recebeu informações sobre uma reunião de bandidos armados no local, que acabou resultando na morte de Herus e ferimentos em outras cinco pessoas, incluindo um cozinheiro baleado durante uma festa junina na comunidade. As vítimas não possuem histórico de envolvimento com o tráfico de drogas, o que levanta questionamentos sobre a eficácia e procedimentos da operação policial.
Diante do trágico desfecho da incursão, o governador Cláudio Castro afastou o comandante do Bope e o comandante do Comando de Operações Especiais (COE), unidade responsável pelo Bope, dos cargos exercidos. Os 12 policiais envolvidos na ação foram afastados das ruas e estão colaborando com as investigações da corregedoria da PM e da Justiça, cumprindo serviços administrativos.
O secretário da Polícia Militar do Rio, coronel Marcelo de Menezes Nogueira, admitiu falhas no planejamento da operação no Morro Santo Amaro, durante a festa junina na comunidade, enfatizando a importância de respeitar os protocolos e procedimentos da corporação para garantir a preservação da vida dos cidadãos. Ele afirmou que os requisitos para ações emergenciais serão revistos e a resposta à sociedade será condizente com a gravidade do ocorrido.
Familiares e amigos de Herus Guimarães Mendes realizaram protestos exigindo justiça para o caso e clamando por medidas que evitem tragédias como essa. O resultado do exame balístico será fundamental para determinar a responsabilidade pelo disparo que ceifou a vida do jovem office boy, fornecendo respostas necessárias para esclarecer o episódio e promover medidas que visem a segurança e integridade da população. A sociedade aguarda respostas e providências que garantam que situações como essa não voltem a se repetir.
