Exame de DNA comprova que empresário não é filho de Gugu Liberato

Exame de DNA aponta que empresário não é filho de Gugu Liberato

Coleta para o exame foi feita em novembro, no Jardim Paulista, com dois irmãos de Gugu e a mãe do apresentador. Empresário do ramo automotivo Ricardo Rocha moveu ação da Justiça alegando ser filho do apresentador.

Gugu Liberato morreu em 2019, no Estados Unidos; Ricardo Rocha, comerciante de SP, diz ser suposto filho na Justiça — Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO- Arquivo pessoal

Um exame de DNA apontou que o empresário do ramo automotivo Ricardo Rocha, de 49 anos, não é filho de Gugu Liberato. Em 2023, Ricardo entrou com uma ação da Justiça alegando ser filho do apresentador.

Segundo apurado pela TV Globo, a coleta para o exame foi feita em novembro, no Jardim Paulista, com dois irmãos de Gugu e a mãe do apresentador.

“As amostras foram analisadas por duas equipes diferentes em prova e contraprova e confirmaram os resultados. Conclui-se que o Antonio Augusto Moraes Liberato não é pai biológico de Ricardo Rocha”, aponta o laudo.

Em nota, Ricardo Rocha disse que não pode comentar sobre o assunto.

O advogado Nelson Wilians, representante das filhas gêmeas de Gugu, Marina e Sofia Liberato, disse que “deu nota 10 para o exame e disse que foi aprovado com louvor”.

A PARTILHA DOS NOVE HERDEIROS

Gugu morreu em 21 de novembro de 2019, em Orlando, nos Estados Unidos, depois de sofrer uma queda em casa e bater a cabeça. Em testamento, ele se identificava como estado civil solteiro e deixou parentes e os três filhos como herdeiros, um total de nove pessoas.

A partilha do espólio entre os herdeiros foi lavrada em 16 de agosto deste ano e registrou que os três filhos receberiam cada um 25%, os herdeiros testamentários (sobrinhos), 5%, e à mãe do apresentador uma renda vitalícia paga pelos herdeiros.

No entanto, o comerciante Ricardo Rocha, que afirmava ser fruto de um relacionamento que o apresentador teria tido ainda adolescente na capital paulista nos anos 1970, moveu uma ação de investigação de paternidade.

Ao saber do acordo feito em cartório, a defesa de Rocha pediu à Justiça o bloqueio de parte do patrimônio de Gugu na proporção que caberia a ele ao fim da ação e se caso for comprovado que ele realmente é o quarto filho.

O juiz da ação sobre paternidade analisou a manifestação de Ricardo e escreveu que “os herdeiros tinham plena consciência dessa ação e não poderiam ter realizado acordo extrajudicial sem proceder à necessária reserva de bens como garantia de eventual direito do autor”. No entanto, o mesmo juiz suspendeu a própria decisão que bloqueava os bens até a audiência entre as partes na próxima semana.

QUEM É RICARDO ROCHA

Os três filhos do apresentador foram avisados da investigação sobre o suposto filho por um oficial de Justiça assim que entraram na sala da audiência na 9ª Vara da Família em 2023.

Ricardo foi localizado pelo DE na época. O empresário do ramo automotivo afirmou que não poderia comentar o caso, por conta do segredo de Justiça. No entanto, falou que não teve a suposta paternidade escondida pela mãe.

“Sei desde criança. Tive uma oportunidade de ir conhecê-lo quando ainda era criança, por volta dos 10 ou 12 anos, mas eu não queria. E se tornou um tabu na minha família, de não querer falar sobre esse assunto. Sou uma pessoa meio reservada. Só fiz agora [a ação na Justiça] para tirar essa dúvida. Meu problema maior não é nem financeiramente. Meu problema é tirar essa dúvida. Tem essa questão de dinheiro por trás que envolve muita coisa, mas não é o meu caso.

“Quem nunca quis ir atrás fui eu. Pela minha família, a gente teria feito isso desde criança”, completou.

Gugu Liberato na capa do álbum ‘Viva a música’, de 1986 — Foto: Reprodução / Capa de disco

Ricardo nasceu em outubro de 1974. À época, a mãe trabalhava como babá em São Paulo para uma família e teria conhecido Gugu em uma padaria, quando ainda não era apresentador de TV.

“Não tenho nada é esconder. Tenho uma vida normal como qualquer outro trabalhador. Então, pra mim é diferente. Não quero confusão. Eu não quero problema com ninguém, eu só quero só fazer o DNA e comprovar. Só isso”, afirmou Ricardo, na época.

SE CONHECERAM EM PADARIA

A mãe do homem que se diz filho de Gugu teria conhecido o apresentador no segundo semestre de 1973. Na época, ele tinha 15 anos e ainda não trabalhava em televisão. Eles teriam se conhecido em uma padaria que existia na rua Aimberê, em Perdizes, na Zona Oeste da capital paulista.

À época, mãe dele trabalhava como babá e empregada doméstica na casa de uma família vizinha da padaria que era frequentada Gugu. O mesmo local era frequentado pela mulher.

Os dois teriam se aproximado. Houve uma amizade, passeios e um relacionamento. No fim de janeiro de 1974, a mãe de Ricardo acompanhou a família a qual trabalhava em viagem ao litoral de São Paulo, passou férias e voltou ao fim da temporada, quando notou a gravidez.

A mulher ficou meses trabalhando para a família até a gestação avançada, quando foi dispensada. Ela chegou a procurar Gugu na padaria onde se conheceram, mas perdeu o contato com ele.

Ricardo tem outros três irmãos e vive em São Paulo. A mãe dele está viva.

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Avaliação da gestão de Tarcísio de Freitas em SP piora na segurança pública: pesquisa Quaest

Quaest: piora a avaliação da gestão Tarcísio de Freitas na segurança pública de SP

A margem de erro é estimada de 2 pontos percentuais. Foram ouvidas 1.650 pessoas de 4 a 9 de dezembro, após virem à tona uma série de casos de violência policial.

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. — Foto: TON
MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Pesquisa Quaest divulgada nesta quinta-feira (12) aponta que houve uma piora na avaliação da atuação do governo Tarcísio de Freitas na área da segurança pública. Em abril, 31% dos entrevistados consideravam a gestão negativa. Agora, esse percentual subiu para 37%. O setor é o mais mal avaliado da gestão paulista.

Saúde, transporte e educação, que aparecem em seguida, também apresentaram piora na percepção da população.

A margem de erro é estimada de 2 pontos percentuais. Foram ouvidas 1.650 pessoas de 4 a 9 de dezembro, em meio a uma crise no setor diante de uma série de casos de violência policial.

Veja os números sobre a avaliação da atuação do governo estadual:

SEGURANÇA

– Positiva: 27% (eram 33% em abril)
– Regular: 36% (eram 36% em abril)
– Negativa: 37% (eram 31% em abril)

SAÚDE

– Positiva: 29% (eram 32% em abril)
– Regular: 38% (eram 35% em abril)
– Negativa: 34% (eram 32% em abril)

TRANSPORTE

– Positiva: 34% (eram 39% em abril)
– Regular: 40% (eram 37% em abril)
– Negativa: 26% (eram 24% em abril)

EDUCAÇÃO

– Positiva: 37% (eram 42% em abril)
– Regular: 38% (eram 34% em abril)
– Negativa: 25% (eram 23% em abril)

HABITAÇÃO

– Positiva: 33% (eram 38% em abril)
– Regular: 44% (eram 40% em abril)
– Negativa: 23% (eram 23% em abril)

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