Excesso de velocidade lidera multas em Goiânia em 2021

Um relatório divulgado pela Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) aponta dez infrações de trânsito mais registradas em Goiânia em 2021. Em primeiro lugar do ranking está transitar com velocidade superior à máxima permitida (376.454), seguida por transitar por faixa ou pista exclusiva para veículos do transporte público (47.919) e avançar o sinal vermelho do semáforo (45.559).

Os locais com maior número de multas computadas são a Avenida Tocantins (36.347), no Centro, a Avenida Araguaia (32.209), a Avenida Paranaíba (26.580),  a Rua 132 (16.308), no setor Sul, e a Marginal Botafogo (15.636).

Com a intenção da SMM de aumentar a fiscalização na cidade, o quantitativo de multas deve aumentar em 2022, caso não haja mais conscientização dos motoristas. O titular da pasta, Horácio Mello, alega que não se trata de endossar a ideia de indústria de multas, mas coibir imprudência no trânsito para evitar violência e acidentes nas vias públicas.

“Iremos implantar onde é necessário e onde tiver estudo técnico. Multa não é faturamento. Multa é para corrigir um mal e as lombadas são fundamentais. O trânsito mata e a única vacina é a mudança de comportamento”, defende. A cidade deve receber mais equipamentos de fiscalização eletrônica ainda este ano após conclusão de licitação de compra que está em andamento.

O número de vítimas fatais de acidentes em Goiânia no 2021 superou os dados registrados em 2020. Segundo um levantamento realizado pela Delegacia de Trânsito de Goiânia (DICT), a pedido do Diário do Estado, até a tarde de 31 de dezembro do ano passado, 212 pessoas perderam a vida no trânsito da capital. Já em 2020 foram registrados 186 óbitos. Ou seja, faltando poucas horas para o final do ano, o número de vítimas fatais aumentou 13,9%.

 

Confira o top 10 de infrações de trânsito em Goiânia

  • Transitar com velocidade superior à máxima permitida (376.454)
  • Transitar por faixa ou pista exclusiva para veículos do transporte público (47.919)
  • Avançar o sinal vermelho do semáforo (45.559)
  • Estacionar ou parar em local ou horário proibidos pela sinalização (27.261)
  • Estacionar ao lado ou sobre canteiro central (12.662)
  • Estacionar no passeio ou calçada (12.396)
  • Estacionar em local ou horário proibido especificamente pela sinalização (11.704)
  • Parar sobre faixa de pedestre na mudança de sinal (11.262)
  • Dirigir segurando ou manuseando aparelho celular (9.264)
  • Executar operação de conversão em local proibido (3.913)

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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